Política

Terceira via está mais perdida que bêbado no final de open bar

A terceira via está se movimentando. É João Doria falando de cá, Sergio Moro mostrando…

Doria vê possibilidade de aliança com Moro, em 2022
Doria vê possibilidade de aliança com Moro, em 2022 (Fotos: Agência Brasil)

A terceira via está se movimentando. É João Doria falando de cá, Sergio Moro mostrando ignorância de lá, Simone Tebet dando entrevista aqui, Ciro Gomes palestrando acolá e até Eduardo Leite tentando ressuscitar sua candidatura a todo custo. Briga sem fim. Um verdadeiro cabo de guerra em que cada um puxa para um lado diferente e todos ficam no mesmo local. E esse local é a rabeira nas pesquisas de intenção de votos.

A real é que estamos a praticamente sete meses das eleições e tem nome de sobra para voto de menos nessa terceira via. A soma das intenções de voto dos dois bem colocados dessa coisa amorfa que batizaram de terceira via, Moro e Ciro, não atinge a metade do percentual dos que dizem que votarão em Jair Bolsonaro, o segundo colocado.

Em cenário de normalidade, já teríamos todos esses que se dizem de terceira via colocando a viola no saco e procurando outro rumo pra vida. Mas o Brasil não vive essa tal de normalidade desde que o transe coletivo de 2013 tomou a alma do país.

No momento, não há espaço para alguém ter viabilidade real entre os nomes de Lula e Bolsonaro. São dois líderes inegavelmente populares, super conhecidos do eleitorado, com imagens já consolidadas perante a opinião pública.

O que pode ser usado como argumento para alguém mudar de conceito sobre Lula e Bolsonaro? O que os apoiadores desses dois nomes não sabem a respeito da história deles que pode alterar os rumos da eleição? Confesso que tenho dúvidas para achar respostas a essas perguntas.

O que temos é que 70% do eleitorado brasileiro já escolheu um dos dois na pesquisa estimulada. Na espontânea, modalidade na qual os especialistas consideram que o voto está mais consolidado, a soma de ambos bate 57,2%. Uma enormidade.

Por fim, vale lembrar a história: desde a redemocratização, jamais tivemos um presidente eleito em outubro que não tivesse ao menos 10% das intenções de voto já em janeiro. Só um toque para a enxurrada de nomes sem voto da terceira via: estamos findando fevereiro…

@pablokossa/Mais Goiás | Foto: Agência Brasil