CATEGORIAS DE BASE

Investimento perdido

Categorias de base existem com um único objetivo: revelar jogadores para o elenco principal. Mas…

Categorias de base existem com um único objetivo: revelar jogadores para o elenco principal. Mas se você tem bons jogadores na base certamente terá times vencedores, independente da categoria. A Copa São Paulo é um termômetro pra isso. Se o time vai bem na competição, é porque tem algo a oferecer ao elenco principal. Se vai mal, é porque a qualidade de seus jogadores deixa a desejar. Pode ser que um ou outro passe despercebido e ainda poderá vingar, mas é raro.

À considerar o vestibular da Copa São Paulo, os goianos Vila Nova, Goiás e Atlético tiveram uma geração de reprovados. Em regra, ninguém se destacou. Nenhum craque. Considerando que categoria de base custa caro, foi investimento perdido.

O Goiás, principalmente investe alto em alojamentos de alto nível da Casa do Futebol Amador, um verdadeiro hotel cinco estrelas no Centro de Treinamento, sem falar nos vários campos, academia, técnicos, preparadores físicos, boa alimentação e toda estrutura necessária para formação de atletas. Talvez o erro esteja na falta de um “olho clínico” para captar jogadores.

O último bom atleta revelado pelo Goiás, que deu retorno técnico para o clube, foi o zagueiro Deivid Duarte, que se transferiu para o Fluminense. São várias safras perdidas, inclusive a de 2020, lançada em um momento de crise. Nenhuma grande aposta neste momento.

Já o Atlético é uma vitrine. O clube é especialista em projetar jogadores, já profissionais , ainda sem nome, vindos de outros clubes. Revelações mesmo, são raras. O Vila Nova, por necessidade, costuma negociar suas revelações muito cedo, o que acaba enfraquecendo as categorias de base. O fracasso na Copa São Paulo é um bom motivo para repensar as categorias de base no futebol goiano.