JUSTIÇA

Ação da Lava Jato contra o goiano Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, prescreve

Uma das duas ações iniciadas pela Lava Jato que envolviam apurações sobre um empréstimo de…

Uma das duas ações iniciadas pela Lava Jato que envolviam apurações sobre um empréstimo de R$ 12 milhões do Banco Schahin ao pecuarista José Carlos Bumlai teve acusações consideradas prescritas pouco mais de um ano após o STJ (Superior Tribunal de Justiça) ter decidido pelo seu envio à Justiça Eleitoral de São Paulo.

A possibilidade de punição foi considerada extinta para os acusados, entre eles o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o ex-prefeito de Campinas Hélio de Oliveira Santos, o Dr. Hélio (PDT).

Eles haviam sido tornados réus após o então juiz Sergio Moro, em 2016, aceitar denúncia da força-tarefa, sob acusação de lavagem de dinheiro.

O Ministério Público Federal afirmava que o verdadeiro destinatário do empréstimo eram o PT e aliados, em troca da contratação pela Petrobras do grupo Schahin para operação de um navio-sonda.

Segundo a Procuradoria, parte do dinheiro desse empréstimo tinha sido transferida em favor da campanha de Dr. Hélio a prefeito de Campinas, em 2004.

Como provas, foram usadas análises de transferências financeiras. Delúbio, segundo o Ministério Público, tinha “participado das reuniões nas quais o empréstimo fraudulento teria sido discutido, com o que tinha ciência da origem e natureza criminosa dos valores envolvidos”.

Após entendimento do STF em 2019 de que crimes como corrupção e lavagem de dinheiro, quando investigados junto com caixa dois, devem ser processados na Justiça Eleitoral, e não na Federal, as defesas pediram que o caso fosse transferido de juízo.

Em março de 2020, houve determinação para que os autos fossem encaminhados integralmente à Justiça Eleitoral em Campinas. A nova acusação, porém, só foi protocolada na Justiça Eleitoral em dezembro de 2020.