Custou caro

‘Aceitamos xerecard’: motorista é demitido por editar letreiro de ônibus em SP

Um motorista de ônibus foi demitido por colocar ‘aceitamos xerecard’ em letreiro de ônibus. Caso…

Um motorista de ônibus foi demitido por colocar ‘aceitamos xerecard’ em letreiro de ônibus. Caso aconteceu em Campinas (93 km de SP) nesta sexta-feira (13). Condutor também incluiu mensagens como “Palmeiras não tem Mundial” e “Nave Monstro”.

A demissão do motorista ocorreu depois que a Setransp (Secretaria Municipal de Transportes) e a Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas) receberam denúncia na quinta-feira (12) de que um permissionário da linha 1.92, ligado à Cooperatas, circulou pela cidade com as mensagens citadas.

Segundo a Emdec, o ônibus não estava em operação, mas no deslocamento a caminho da garagem. “A constatação foi feita pela própria cooperativa, que conseguiu chegar ao funcionário que estava promovendo o ato irregular e o demitiu”, afirma, em nota.

‘Aceitamos Xerecard’: empresa fala sobre letreiros

A Emdec afirma que mensagens nos letreiros do transporte coletivo são definidas por uma ordem de serviço para a operação do sistema. A prioridade é trazer número e nome do itinerário, com algumas exceções, como em datas comemorativas. “Feliz Dia dos Pais”, “Feliz Dia das Mães”, “Feliz Natal” e “Feliz Ano Novo” são alguns dos exemplos.

Segundo o órgão municipal, letreiros também estão sendo usados para divulgar mensagens educativas durante a pandemia, com referência ao uso de máscara e álcool em gel, por serem de interesse público. “Mas com a devida autorização da Setransp e Emdec”, diz a nota.

A Emdec afirmou também que, nesta sexta, convocou a cooperativa para dar mais explicações a respeito do ocorrido. Segundo a empresa municipal, o permissionário está sujeito a multas e sanções.

O presidente da Cooperatas, Walter Rocha, afirmou que não se trata de um funcionário da cooperativa, mas de alguém que trabalha sob uma permissão e explora o serviço. “No horário do trabalho dele, diretamente relacionado com o passageiro, ele fez o correto. No intervalo, voltando para a garagem, colocou uma posição indelicada”, disse. “Não sei de onde saíram essas frases inoportunas”, completou.

Rocha disse que a ideia de alterar o letreiro foi uma posição unilateral do motorista. “Se fosse funcionário da cooperativa, ele seria demitido, porque respeitamos muito as mulheres”, afirmou.

O presidente da cooperativa diz que, antigamente, só havia placa de pano, mas hoje a situação é diferente. “Com os meio digitais, ele baixa um programa no pendrive e consegue mudar o letreiro […] Cada painel digital sai com uma configuração. O permissionário adquiriu esse software e existe a possibilidade de alterar”, afirmou.

Rocha disse também que não é algo que acontece todo dia, mas que ganhou as redes sociais.