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Bolsonaro diz que faltou ‘visão de futuro’ a quem construiu casa em área de risco

Após sobrevoar áreas da região metropolitana de São Paulo atingidas pelas chuvas nos últimos dias,…

Após sobrevoar áreas da região metropolitana de São Paulo atingidas pelas chuvas nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que faltou “visão de futuro” por parte de quem construiu as residências nos locais de risco. Hoje, segundo o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, há cerca de 26 milhões de moradias em situação irregular.

– Muitas áreas onde foram construídas residências faltou obviamente alguma visão de futuro por parte de quem construiu – disse Bolsonaro, ressaltando que as pessoas constroem nessas áreas por “necessidade”.

Acompanhado de seis ministros, entre eles o da Cidadania, João Roma (Republicanos), e Infraestrutura, Tarcísio Freitas, Bolsonaro sobrevoou as áreas destruídas pelos deslizamentos de terra na região de Francisco Morato por volta das 11h30 e depois se reuniu com prefeitos dos municípios afetados. Segundo ele, a visita teve como intuito mostrar o que o governo tem à disposição para minorar o sofrimento das famílias.

A reunião com os chefes do executivo municipal durou cerca de uma hora e não chegou a um valor exato para a ajuda federal. De acordo com Bolsonaro, os prefeitos vão apresentar as suas necessidades e o governo fará o “possível”.

O ministro Rogério Marinho disse que não irá atender ao ofício enviado pelo governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência pelo PSDB, João Doria, solicitando R$ 470 milhões para obras antienchente e serviços emergenciais.

– O ofício trata de obras que dizem respeito à previsão orçamentária, com obras de contenção e não dizem respeito ao momento que estamos vivendo. A necessidade agora é tratar das pessoas e isso são ações emergenciais. O governador nos pede 50 milhões para ações emergenciais, mas os prefeitos vão dizer qual é a necessidade de cada prefeitura – disse Marinho, acrescentando que Doria sabe de que forma deve fazer essa solicitação.

O ministro afirmou que o país tem, hoje, cerca de 26 milhões de habitações irregulares e que a situação não se resolve da noite para o dia.

– Temos quase metade das habitações do país irregulares. É fruto de mais de 100 anos de ocupação obrigar. Não é um problema que aconteceu hoje.

*Por: Jornal Extra