PERDIDA NO AEROPORTO

Cadela Pandora está desnutrida, desidratada e com fraqueza, aponta laudo

Localizada no domingo (30), cerca de 45 dias depois de desaparecer durante uma conexão da…

Localizada no domingo (30), cerca de 45 dias depois de desaparecer durante uma conexão da Gol no aeroporto de Guarulhos, a cadela Pandora continua internada. Não há previsão de alta.

O tutor, Reinaldo Junior, afirma que ela perdeu muito peso, entrou em estado de caquexia e que aguarda os resultados dos exames para verificar a necessidade de eventual tratamento.

“Está desnutrida e desidratada, apresenta fraqueza ao andar e, por isso, está sendo mantida na fluidoterapia e alimentação protéica”, escreveu nesta terça (1º) em rede social.

Laudo médico preliminar, exibido pelo tutor, mostra que a cadela perdeu aproximadamente 7,2 kg e chegou à clínica pesando 12,8 kg.

O documento, assinado pela veterinária Denise Pastorello, aponta ainda que Pandora apresentava fraqueza ao andar, sonolência, desidratação moderada a severa, leve dor na coluna, apatia e respiração mais ofegante durante a noite.

“O momento agora é de concentrar na recuperação total dela”, afirma Reinaldo. Segundo ele, seus advogados estão “dando o suporte e a tranquilidade necessária para esse momento de reencontro e logo começarão os próximos passos”.

Pandora ia do Recife para Navegantes (SC) quando escapou da caixa de transporte —obrigatória para esse tipo de viagem— e desapareceu durante conexão de voo da Gol, em 15 de dezembro.

Reinaldo nunca desistiu de encontrá-la. Nesse período, fez mobilizações nas redes sociais e contou com apoio jurídico e de grupos em busca de sua filha, como chama Pandora.

A cadela foi localizada por um funcionário do aeroporto, na região do terminal 3.

“Perseverança foi a força que nos moveu durante todo esse tempo, nunca perdemos a fé e a esperança de que encontraríamos a Pandora e, por isso, não desistimos!”, escreveu o tutor nas redes.

Transporte de animais

O caso reacendeu a discussão sobre o transporte de animais por companhias aéreas.

Empresas aéreas permitem animais de pequeno porte na cabine, desde que em caixas apropriadas e obedecendo a algumas regras —como peso. Animais maiores também podem viajar com o tutor caso se enquadrem como de assistência ou de trabalho —e há necessidade de comprovação para a autorização. Mas, conforme a raça e porte, eles só podem viajar no porão de aeronaves, e são despachados em caixas próprias, como cargas.

Sozinhos, cães já morreram por asfixia ou devido à temperatura. Nas redes, tutores e defensores da causa animal defendem que animal não é carga.

Em outubro do ano passado, a Latam suspendeu por 30 dias a venda para o transporte de pets no porão para o mercado brasileiro, após uma morte.

Depois do caso Pandora, a Gol se comprometeu a revisar todas as etapas que envolvem o transporte de pets e aprimorá-los, “evitando que situações como essa jamais voltem a acontecer”.