“Chá revelação” de traição: juiz toma decisão após defesa alegar humilhação de homem

O caso do “chá revelação” de traição no interior do Rio Grande do Sul continua gerando polêmica nas redes sociais e também na Justiça. Após a viralização do vídeo, em que um agricultor é exposto pela ex-companheira, o juiz responsável pelo processo tomou uma decisão importante, após a defesa alegar que o homem vem sofrendo humilhação.

O episódio aconteceu durante um “chá revelação” em que, ao invés de anunciar o sexo do bebê, Natália Knak decidiu revelar traições do então companheiro, Rafael Schemmer. A cena viralizou, gerando memes, paródias e até campanhas publicitárias.

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Nas redes sociais, Natália Knak, responsável por divulgar o “chá revelação de traição”, afirmou que não pretende se pronunciar publicamente sobre o caso. “As medidas cabíveis já estão sendo tomadas pela Justiça. Meu foco é a minha saúde e a saúde do meu filho”, declarou.

Já a defesa do agricultor afirma que ele vive uma rotina de “humilhação e constrangimento” desde a divulgação do vídeo. O advogado José Luiz Dorsdt disse ao UOL que Rafael sofre com prejuízos familiares e sociais, sendo alvo de piadas constantes, vídeos de humor e até anúncios de lojas que se aproveitam do caso.

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Juiz nega exclusão do vídeo do “chá revelação de traição”

Mesmo com os argumentos apresentados, o juiz João Gilberto Engelmann negou o pedido liminar da defesa para remover o vídeo do “chá revelação de traição” da internet. Segundo o magistrado, a “ampla disseminação do conteúdo” torna inviável a retirada total do material das redes sociais.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ/RS), o agricultor pediu a remoção imediata de vídeos, fotos, memes, áudios e montagens relacionados ao episódio, alegando grave violação à sua privacidade. Contudo, o juiz destacou que, diante da repercussão massiva, seria impossível “frear todas as informações sobre o caso”.

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Além disso, o magistrado frisou que o próprio agricultor já havia se manifestado publicamente, o que indicaria “aceitação das consequências de sua conduta”. Ele também ressaltou que eventuais danos à imagem do homem podem ser discutidos em processos futuros de indenização, mas não justificam a retirada imediata do conteúdo.

Processo segue na Justiça

O caso do “chá revelação” de traição seguirá na Justiça. A mulher será citada para apresentar defesa e as partes devem discutir não só questões envolvendo a guarda do filho, partilha de bens e pensão alimentícia, como também possíveis danos morais. O processo tramita em segredo de Justiça.

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