BRIGA

Coveiro leva facada ao separar briga de família em enterro em Araçatuba

Um sepultamento terminou com um coveiro de 46 anos ferido após tentar impedir que um…

Um sepultamento terminou com um coveiro de 46 anos ferido após tentar impedir que um homem atacasse os próprios parentes com uma faca, em Araçatuba (SP), na tarde desta quarta-feira (29). Com suspeita de ter rompido um dos tendões da mão direita, o profissional foi encaminhado para o pronto-socorro da cidade.

De acordo com informações da Polícia Civil, um comerciante, também de 46 anos, foi ao enterro da tia para conversar com os irmãos e outros familiares sobre a herança – R$ 200 mil em dinheiro e um automóvel. A conversa, no entanto, se transformou em briga e ameaça, segundo depoimento do coveiro.

Ele afirmou à polícia que um bate-boca se iniciou entre os presentes e o suspeito perdeu a paciência e ameaçou os parentes com uma faca. O coveiro afirmou que foi neste momento que tentou apaziguar o clima, mas acabou sendo ferido pelo suspeito.

Com o profissional do cemitério machucado, as pessoas que presenciaram o ocorrido acionaram a Guarda Municipal de Araçatuba, que foi até o local para atender a ocorrência.

Quando chegaram ao cemitério, os agentes de segurança pública encontraram o coveiro sangrando e ele foi encaminhado ao Pronto Socorro para atendimento. Em seguida, o funcionário do Cemitério Recanto da Paz passou por exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal).

A faca usada no episódio foi apreendida pelos policiais e levada para a delegacia, pois será feita perícia. O comerciante acusado de ter cometido o crime se apresentou à polícia e prestou esclarecimentos sobre o caso.

Após dar o seu depoimento, o rapaz foi liberado e responderá em liberdade. Um inquérito foi aberto e, o suspeito poderá ser indiciado por lesão corporal. Já o coveiro não corre risco de morte.

O UOL conversou com o investigador responsável pelo caso, Márcio de Oliveira, e ele explica que não será avaliada a questão da herança no inquérito. “Na parte penal não vamos entrar no mérito da herança, mas vamos investigar se essa foi a causa do entrevero, de fato”, diz.

A administradora do Cemitério Recanto da Paz explicou que a morte não foi por covid-19 e, sobre o coveiro, disse que ele passa bem. “Hoje levei ele para fazer o exame no IML e ele vai ficar sete dias descansando”.