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Eixo Anhanguera aumentará frota de 86 para 110 ônibus, diz presidente da CMTC

Presidente da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), Tarcísio Abreu disse que frota do Eixo…

Presidente da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), Tarcísio Abreu disse que frota do Eixo Anhanguera vai aumentar de 86 ônibus para 110. A fala foi dada durante a entrega de seis novos veículos de passageiro para o trajeto nesta tarde de quarta-feira (29). Estes já começam a circular nesta quinta-feira (30) e a operar na semana que vem.

O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) e o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) fizeram a entrega. Eles, contudo, não realizaram coletiva de imprensa.

Ao todo, serão 30 novos ônibus articulados para o eixo e outros 45 convencionais que serão usados na linha Interárea Anhanguera. Estes começam a rodar em até 90 dias. O investimento médio para cada um dos 75 veículos de passageiro é de cerca de R$ 600 mil.

Vale citar, a medida visa compensar o atraso da substituição por ônibus elétricas, que teve o cronograma modificado após suspensão de licitação e questionamentos do Tribunal de Contas do Estado (TCE) em relação a licitação. Atualmente, a frota é de 86 veículos no eixo. O número ideal e que será implantado, segundo o presidente da CMTC Tarcísio Abreu, é de 110 – alguns velhos serão retirados de circulação, por isso não será simplesmente a soma destes veículos.

Assim, ao todo serão 55 nos 14 quilômetros da Avenida Anhanguera, na capital; e outros 55 nas extensões, sendo esses últimos fruto dessa parceria com empresas privadas. “A demanda está aumentando, e hoje temos uma estrutura muito forte com o Eixo Anhanguera. Então, 110 seria o número ideal. O usuário não pode ficar sem o ônibus, sem o transporte e sem o serviço.”

Os novos ônibus tem 14 metros, com capacidade de 102 passageiros. O número supera os atuais, de 12 metros.

Suspensão pelo TCE

O TCE suspendeu licitação para contratação de empresa que forneceria ônibus elétricos que seriam utilizados no Eixo Anhanguera pela Metrobus no começo do mês. O edital previa a locação dos veículos pelo custo total de R$ 1,46 bilhão (sob o custo unitário de R$ 69,9 mil) em contrato de 16 anos.

Na decisão, o conselheiro Helder Valin apontou “várias irregularidades e risco de dano aos cofres públicos”. O documento tem 72 páginas e leva em conta que “a não suspensão ainda na fase embrionária, poderá ocasionar perda de objeto e riscos na contratação com fragilidades, razão porque a suspensão do edital de licitação é medida que se impõe até o deslinde processual na cognição plena, própria do processo com contraditório por ora diferido.”

A análise do conselheiro aponta quatro tópicos (planejamento deficiente, edital e termo de referência, aspectos orçamentários e relação Estado de Goiás x CMTC x RMTC), que se desdobram em 27 apontamentos. Entre eles estão o planejamento deficiente, com erro metodológico na comparação dos custos de veículos a combustão e os elétricos, ausência de detalhamento mínimo dos serviços envolvidos e seus custos, parcela do objeto que representa 40% do total. Além de riscos financeiros não considerados, inexistência de parâmetros para eventuais pedidos de reequilíbrio econômico-financeiro (reajustes), imprecisão no cálculo do valor total e regra de habilitação potencialmente restritiva.

À época, o governador Ronaldo Caiado disse em entrevista à Rádio Sagres que os argumentos utilizados pelo órgão de superficiais e disse ter somente duas laudas. “Alegar que ‘esse órgão do Estado só tem validade até 2031, como pode fazer um convênio para compra até 2038?’. Quer dizer, é algo [a decisão do TCE] que não tem a menor consistência. Agride qualquer inteligência”, criticou. “Me preocupa. Os argumentos usados são superficiais para poder dificultar a compra”, concluiu Caiado em entrevista à Rádio Sagres.