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Empresário mata amigo a tiros e diz que o confundiu com ladrão

Uma festa de aniversário acabou em tragédia no último dia 20, um sábado, quando o…

Uma festa de aniversário acabou em tragédia no último dia 20, um sábado, quando o empresário Marcos Antonio Parente, 59, matou a tiros o ex-policial militar Victor Hugo Carrilho, 35, amigo da família havia pelo menos cinco anos. O crime ocorreu em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.

O empresário foi preso em flagrante. Ele disse à polícia que atirou porque confundiu o ex-policial militar com um ladrão. Os policiais, contudo, trabalham com a hipótese de eles terem se desentendido.

Eles passaram o sábado bebendo em uma chácara em São Bernardo do Campo, onde comemoraram os 30 anos do filho de Marcos Antonio. A festa começou às 13h e terminou entre 0h e 1h de domingo (21), quando os cerca de 20 convidados foram embora, segundo relatou o aniversariante à polícia.

Marcos Antonio, em seu depoimento, disse que foi o último a sair e que, enquanto fechava as portas e apagava as luzes, viu um homem correndo pelo corredor. Assustado, atirou.

Ele afirmou ainda que, após os disparos, ligou para seu filho e contou ter baleado alguém. Disse também que o homem correu para a frente da casa.

Segundo o boletim de ocorrência, os policiais dizem que um homem ligou para o 190, identificou-se como ex-PM, disse que estava sendo baleado e pediu socorro.

Quando os policiais chegaram à chácara, um homem apareceu em cima do muro e avisou que iria abrir o portão. Depois de cinco minutos, os policiais ouviram tiros e arrombaram a porta, encontrando o homem que os recebeu. Ele estava baleado.

Dentro da casa, Marcos Antonio disse aos policiais que a vítima era um ladrão e afirmou que sua arma era registrada e que era CAC, sigla para colecionador, atirador e caçador. Segundo os PMs, ele estava muito embriagado e emocionalmente abalado.

De acordo com a polícia, os vestígios dos tiros no interior do salão pareciam aleatórios. Foram encontradas nove cápsulas -o ex-PM foi atingido por pelo menos quatro tiros, todos nas pernas.

A polícia considera que possa ter havido um desentendimento entre os dois, já que a vítima teve tempo de pedir ajuda.

O caseiro da chácara, Cicero Januário, afirmou em depoimento que não participou da festa e que, ao chegar ao local, às 23h, não encontrou ninguém. Morador de uma edícula, ele acordou com o barulho dos tiros e viu um homem correndo e, em seguida, os PMs arrombando a porta.

Segundo o advogado de Marcos Antonio, Abelardo Julio da Rocha, seu cliente e o ex-PM ficaram bebendo juntos por cerca de duas horas após o fim da festa.

Por volta das 2h, o ex-PM se despediu e foi embora, voltando em seguida para dentro da casa, provavelmente para abrir o portão e sair com seu carro -no local estavam dois veículos, tanto o da vítima quanto o do empresário.

Em nota, o advogado diz que o ex-PM, após ser baleado, ligou para o filho de Marco Antonio para pedir socorro e que o aniversariante escutou os disparos efetuados pelo pai.

“Dois amigos foram vítimas dessa tragédia: um foi sepultado e precocemente retirado deste mundo e o outro preso e massacrado pela dor de haver tirado a vida de alguém que ele e a família amavam”, afirma o defensor