Ex-senador boliviano Roger Pinto Molina segue internado em estado grave, diz hospital
O ex-senador boliviano deu entrada na unidade na noite desse sábado (12), após a aeronave de pequeno porte que pilotava ter caído no Aeroclube de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal (DF).
O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) divulgou um boletim médico, no início da manhã deste domingo (13), informando que o quadro do paciente Roger Pinto Molina, de 58 anos, continuava instável, em estado greve, com suporte clínico na sala vermelha e sem indicação de cirurgia. O ex-senador boliviano deu entrada na unidade na noite desse sábado (12), após a aeronave de pequeno porte que pilotava ter caído no Aeroclube de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal (DF).
Segundo o hospital, Molina sofreu politraumatismo e traumatismo crânio encefálico. Ele passou por uma drenagem bilateral no tórax, traqueostomia de urgência e está em ventilação mecânica. Também foram feitas tomografias, exames de raio X e laboratoriais.
O avião prefixo PU-MON tinha parado no aeroclube de Luziânia para um rápido abastecimento e, de acordo com o Corpo de Bombeiros de Goiás, caiu logo após a decolagem, na cabeceira da pista. Ainda não há informações sobre o que poderia ter causado a queda.
Em nota enviada ao MAIS GOIÁS, a Força Aérea Brasileira (FAB) disse que uma equipe do Serviço de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) foi deslocada ao local para fazer a coleta de dados para a investigação, que irá explicar a queda do avião.
Molina se tornou conhecido no Brasil em 2012 quando, acusado no governo Evo Morales por irregularidades como dano econômico ao Estado, estimados na época em US$ 1,7 milhão, em mais de 20 processos, se refugiou na embaixada do Brasil em La Paz. Conseguiu asilo no Brasil no ano seguinte sob alegação de perseguição política. Sua fuga para o Brasil, transportado de carro pela fronteira boliviana em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, causou dissabores ao governo brasileiro e levou à demissão do então ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota.
O ex-senador também foi lembrado em 2016, dessa vez por conta do acidente com o avião da Chapecoense, na Colômbia, por ser sogro do piloto da aeronave, Miguel Quiroga. A tragédia abalou ainda mais a instável rotina do ex-senador no Brasil. Ao deixar a Bolívia, Molina considera ter perdido quase tudo e ainda superava novas adversidades a todo momento. “Estava tudo pronto, por exemplo, para minha esposa vir morar comigo em Brasília. Não vivo com ela desde o refúgio na embaixada. Mas a tragédia da Chapecoense adiou nossos planos”, afirmou.