investigação

Festas com drogas e punição: os relatos de maus-tratos aos ‘filhos’ de Hytalo Santos

Influenciador foi denunciado por Felca e é investigado pelo Ministério Público

Fabricio Moretti 13/08/2025 9:57

As investigações sobre festas com álcool, drogas e punição, associadas a supostos maus-tratos aos “filhos” de Hytalo Santos, revelam um cenário preocupante por trás das câmeras. Conhecido nas redes sociais por mostrar sua rotina com crianças e adolescentes, chamados de “filhos adotivos” e integrantes da “Turma do Hytalo”, o influenciador paraibano é investigado desde o ano passado pelo Ministério Público da Paraíba. Ele também foi denunciado pelo youtuber Felca, que o aponta como suspeito de integrar e fomentar uma rede de pedofilia na internet.

Asssista ao vídeo do Felca e entenda as denúncias feitas contra influencers e mães

Relatos ouvidos pelo jornal EXTRA indicam que, longe do público, o comportamento de Hytalo Santos com os menores é completamente diferente do que aparece em vídeos. Fontes que convivem ou já conviveram com ele afirmam que o “carinho” exibido online só existe quando a câmera está ligada. Fora das gravações, o ex-professor de dança e dançarino passaria grande parte do tempo trancado no quarto, mantendo uma rotina noturna e dormindo apenas pela manhã. Essa dinâmica afeta também as crianças e adolescentes que vivem em sua mansão, que só podem se alimentar na presença dele — e, se ele acorda tarde, ficam sem refeição.

Segundo as denúncias, o controle sobre a vida dos menores é rígido: a alimentação, o uso de celular e até a frequência escolar seriam definidos de acordo com o humor e os interesses de gravação de Hytalo Santos.

Acusado por Felca de explorar menores, Hytalo Santos é investigado pelo Ministério Público

Há relatos de que, mesmo trabalhando em vídeos que geram monetização, as crianças não recebem o dinheiro diretamente. Um taxista chegou a relatar que precisou pagar um lanche para três adolescentes que viajavam para Cajazeiras a serviço do influenciador, pois eles não tinham sequer um real no bolso.

O cenário mais grave, porém, envolve as festas com drogas descritas por um ex-funcionário. Nessas ocasiões, o uso de celulares seria proibido e o ambiente incluiria grande consumo de álcool, presença de drogas ilícitas e adolescentes com roupas curtas, dançando de forma sexualizada e sendo incentivados a se relacionar romanticamente. Essas situações levantam ainda mais dúvidas sobre a segurança e o bem-estar dos menores sob responsabilidade de Hytalo Santos.