CAOS NA SAÚDE

Gestão Mabel diz que recebeu maternidades em “situação de colapso” e destaca abertura para auditoria

A secretaria afirma que medidas emergenciais foram adotadas para reverter o quadro, incluindo a liberação de R$ 71 milhões à Fundahc

A Prefeitura de Goiânia se manifestou, na quinta-feira (18), sobre a decisão do Ministério da Saúde de auditar as três principais maternidades públicas da capital — Dona Iris, Nascer Cidadão e Célia Câmara. Em nota enviada ao Mais Goiás, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) declarou que herdou uma rede em “situação de colapso” da gestão anterior e reforçou que está à disposição para colaborar com a auditoria.

De acordo com a pasta, no início da atual gestão, as maternidades enfrentavam um cenário crítico: salários de profissionais atrasados, falta de medicamentos e insumos, atendimentos eletivos suspensos e apenas 30% da capacidade de urgência e emergência em funcionamento. Além disso, leitos de enfermaria e UTIs estariam desativados devido à ausência de repasses regulares à Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), que gerencia parte das unidades.

A secretaria afirma que medidas emergenciais foram adotadas para reverter o quadro, incluindo a liberação de R$ 71 milhões à Fundahc, a reabertura de 10 leitos de UTI e a retomada dos atendimentos suspensos. A pasta destacou ainda seu compromisso com a transparência e a correta aplicação dos recursos públicos, declarando-se aberta para acompanhar os trabalhos da equipe técnica do Ministério da Saúde.

A auditoria federal foi incluída no planejamento do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DenasUS) após solicitação da vereadora Aava Santiago (PSDB), que também esteve em reunião com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em Brasília. O objetivo da ação é avaliar os impactos de mudanças recentes adotadas pela Prefeitura, como a reestruturação da Maternidade Célia Câmara e o redirecionamento de atendimentos para outras unidades. Além disso, como reforçou a nota, existe uma crise herdada pela administração do ex-prefeito Rogério Cruz (SD).

Leia a nota da prefeitura de Goiânia na íntegra:

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) lembra que a atual gestão recebeu as maternidades em situação de colapso deixado pela gestão anterior, com salários dos profissionais atrasados, falta de insumos e medicamentos, atendimentos eletivos suspensos e apenas 30% dos atendimentos de urgência e emergência em funcionamento, além de leitos de enfermaria e UTI desativados por falta de regularidade dos repasses à Fundahc, período crítico às usuárias do SUS que buscavam estas unidades. 

De forma emergencial a atual gestão realizou a compra de medicamentos e insumos, repassou R$71 milhões à Fundahc, retomou os atendimentos eletivos e de urgência, e reabriu 10 leitos de UTI, que estavam desativados pela falta de repasses financeiros da gestão passada. 

A pasta reforça o seu compromisso com a transparência e a correta aplicação de recursos, fundamentais para que a população tenha acesso digno aos serviços públicos, e está à disposição para acompanhar os trabalhos do Ministério da Saúde.