"PESADELO"

Goiano preso nos EUA paga fiança, mas permanece detido

"Meu coração está partido, disseram-me que estaria com meu marido esta noite", disse a maquiadora norte-americana Rachel Leidig

A norte-americana Rachel Leidig, maquiadora casada com o goiano Guilherme Lemes Cardoso e Silva, preso neste mês por “suposta irregularidade em seu status migratório”, nos Estados Unidos, disse que o marido foi levado para uma prisão estadual de Washington, mesmo após ser liberado sob fiança após audiência, na terça-feira (29). “Meu coração está partido, me disseram que estaria com meu marido esta noite”, declarou em publicação nas redes sociais.

Guilherme é ilustrador e está nos Estados Unidos desde 2016. Ele tem duas filhas e é casado com Rachel, que está grávida de 7 meses. Sobre a detenção, em 11 de julho, ele foi abordado por agentes do Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos, em Friday Harbor, Washington, quando ia buscar a filha. “Os agentes não apresentaram identificação nem mandado judicial no momento da abordagem”, informou a irmã dele, Lara Carvalho. “Guilherme não possui antecedentes criminais e já estava em processo de atualização de seu status migratório, uma vez que é legalmente casado com uma cidadã americana. Além disso, também estava renovando seu número de Social Security, que já possuía anteriormente”, continuou. O visto de turista dele estaria vencido.

Sobre a audiência, a esposa de Guilherme desabafou nas redes sociais. “Hoje o dia foi cheio de mais corrupção e descrença do que eu posso imaginar. A minha mãe e eu fomos ao tribunal do centro de detenção de Tacoma, em Washington, esta manhã, às 7h30. Conhecemos o nosso advogado que veio de avião da Califórnia. Gui teve ambas as audiências esta manhã. O juiz decidiu que ele seria liberado sob fiança. Às 11h30, paguei a fiança dele na totalidade”, disse. O valor foi de US$ 8 mil. Apesar disso, o Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos e o Centro de Detenção Privada pediram que esperassem, sem dar respostas sobre Guilherme. Eles informaram que ele sairia em breve, conforme o relato, o que não aconteceu.

“Esperamos até às 19h e, quando voltei ao centro de detenção, me disseram que o Gui não estava mais lá, mas eles não sabiam onde ele estava.” Ele revela que recebeu uma ligação às 21h de Guilherme. O marido contou que o levaram para uma prisão estadual por “alegações falsas” e sem mandado. “Ele agora é mantido como prisioneiro na Prisão Estadual de Whatcom.” Ela, agora, procura um advogado em Washington para acompanhar o caso. “Se alguém tiver alguma pista sobre advogados criminais do estado de Washington, por favor envie para mim. Este é um pesadelo que continua a piorar.”

Familiares e amigos seguem aflitos com a situação. Existe uma vaquinha para ajudar nos custos com o caso de Guilherme. Confira AQUI.