Goiás é o 8° estado do país com mais casos de hanseníase
Já foram registrados 470 novos casos

O Governo de Goiás alertou a população sobre a hanseníase, doença infectocontagiosa que apresenta manifestações dermatológicas e neurológicas, com potencial de levar a incapacidades físicas permanentes. O estado goiano é o oitavo em número de casos nos registros públicos. Cerca de 8% dos diagnósticos já contam com incapacidades físicas visíveis.
Entre 2019 e 2022, foram contabilizados mais de 4 mil casos de hanseníase em Goiás. Nos primeiros seis meses deste ano, já foram registrados 470 novos casos. Os municípios que apresentam maiores concentrações da doença são: Goiânia, Aparecida de Goiânia, Trindade, Senador Canedo, Jussara e Nova Crixás.
“A letalidade não é o dado de maior importância na vigilância da hanseníase. Poucos pacientes morrem pela doença. Porém, ela é altamente incapacitante”, explicou a Coordenadora Estadual das Doenças Negligenciadas da Gerência de Vigilância Epidemiológica da SES, Eunice Salles.
Transmissão e sintomas da hanseníase
A hanseníase evolui de forma lenta e possui cura. A transmissão acontece por meio das vias respiratórias de uma pessoa já contaminada para outras pessoas suscetíveis geneticamente a contrair a doença e que já estejam em contato com a pessoa infectada. Durante a pandemia da Covid-19 houve uma redução de 35% no diagnóstico da doença no estado.
Os sintomas dessa doença vão desde dormências, aparecimento de lesões com manchas brancas ou avermelhadas, perda da sensibilidade ao calor e frio, dor e tato, além de caroços espalhados pelo corpo. Os sintomas da doença são detectados no exame de toda a pele, olhos, palpação dos nervos, avaliação da sensibilidade superficial e da força muscular dos membros superiores e inferiores.
Caso recente
Um caso recente no estado de Goiás é o do aposentado Elvis Oliveira Gonçalves, de 57 anos, que está internado no Centro Estadual de Atenção Prolongada e Casa de Apoio Condomínio Solidariedade (Ceap-Sol). O paciente não realizou o tratamento de forma adequada e acabou tendo lesões múltiplas ulceradas, que evoluíram para necrose.
“Hoje me encontro no Ceap, não sinto dores e estou fazendo o tratamento correto, tendo uma melhor qualidade de vida”, destacou Elvis.