Governo federal

Governo Lula anuncia novos concursos públicos com 4,4 mil vagas em 20 órgãos

Ministério já havia autorizado concursos para 9,5 mil vagas temporárias e efetivas em 2023

Vagas em concursos anunciadas pelo governo

ÓrgãoCargoVagas
MINISTÉRIO DA AGRICULTURAAGENTE DE ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS100
MINISTÉRIO DA AGRICULTURAAGENTE DE INSPEÇÃO SANITÁRIA100
MINISTÉRIO DA AGRICULTURAAUDITOR-FISCAL AGROPECUÁRIO200
MINISTÉRIO DA AGRICULTURATÉCNICO DE LABORATÓRIO40
INMETANALISTA EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA40
INMETTECNOLOGISTA40
INCRAANALISTA ADMINISTRATIVO137
INCRAANALISTA EM REFORMA E DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO446
INCRAENGENHEIRO AGRÔNOMO159
MEC – PGPETÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS220
INEPPESQUISADOR-TECNOLOGISTA EM INFORMAÇÕES E AVALIAÇÕES EDUCACIONAIS50
CAPESANALISTA EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA50
FNDEESPECIALISTA EM FINANCIAMENTO E EXECUÇÃO DE PROGRAMAS E PROJETOS EDUCACIONAIS100
ICMBIO (provimento adicional)TÉCNICO AMBIENTAL50
ICMBIO (provimento adicional)ANALISTA AMBIENTAL110
MREOFICIAL DE CHANCELARIA100
INPIANALISTA DE PLANEJAMENTO, GESTÃO E INFRAESTRUTURA EM PROPRIEDADE INDUSTRIAL40
INPIPESQUISADOR EM PROPRIEDADE INDUSTRIAL40
INPITECNOLOGISTA EM PROPRIEDADE INDUSTRIAL40

Fonte: Ministério da Gestão

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta sexta-feira (16) a abertura de novos concursos públicos para órgãos federais ainda este ano. O objetivo é preencher 4.436 vagas, que contemplarão 20 ministérios.

A lista inclui 120 vagas no Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) e 100 no Inmetro. O número de vagas para esses órgãos foi antecipado no Twitter pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que também é ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, concederá entrevista coletiva nesta tarde para detalhar os números.

O preenchimento de vagas no serviço público é uma promessa do presidente, defensor da medida para repor cargos e suprir carências resultantes da falta de contratação nos últimos anos. Em abril, o petista afirmou que é preciso “ter gente atrás do balcão”.

A retomada dos concursos reverte a tendência de encolhimento no contingente de servidores ativos observada nos últimos anos, diante de uma política de contenção de gastos. A medida, defendida pelo governo Jair Bolsonaro (PL), foi criticada por uma parcela de especialistas e da sociedade que viram precarização da prestação de serviços.

Em 2023, o governo já havia autorizado o preenchimento de 9.585 vagas da administração pública federal, contemplando órgãos como Ministério da Relações Exteriores, IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), MMA (Ministério do Meio Ambiente), Funai (Fundação dos Povos Indígenas) e MCTI (Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação).

Dessas vagas, 1.444 são para cargos efetivos, e as demais 8.141 são temporárias para atender à demanda do IBGE com as atividades do Censo Demográfico.

Como mostrou a Folha, o governo Lula também estuda mudar as regras dos concursos públicos para incorporar instrumentos adicionais de avaliação dos candidatos, como teste psicotécnico, e permitir o uso da tecnologia em algumas fases ou em todo o processo seletivo.

A avaliação do Executivo é que isso pode melhorar o acesso dos candidatos, ampliar a concorrência, dar segurança jurídica e permitir ao governo selecionar com maior efetividade seus funcionários.

A intenção é apoiar a discussão de um projeto de lei já aprovado pela Câmara dos Deputados e que aguarda apreciação do Senado Federal. O tema tem sido tratado em reuniões internas no Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos e integra uma lista de ações que a pasta pretende colocar em marcha nos próximos meses e que inclui uma nova lei de cotas em concursos públicos.