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IR: Receita Federal deposita 3º lote de restituições nesta segunda-feira (31); confira

Pagamento será destinado a 5,6 milhões de contribuintes, em um montante de R$ 7,5 bilhões

A Receita Federal libera o terceiro lote da restituição do Imposto de Renda (IR) a 5,6 milhões de contribuintes nesta segunda-feira (dia 31). O montante a ser pago soma R$ 7,5 bilhões.

Desse total, R$ 5,5 bilhões são destinados a contribuintes com prioridade:

  • 16.536 contribuintes acima de 80 anos.
  • 95.047 contribuintes entre 60 e 79 anos.
  • 9.740 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave.
  • 30.700 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério.
  • 3.879.049 contribuintes que não possuem prioridade legal, mas que receberam prioridade por terem utilizado a Declaração Pré-preenchida ou optado por receber a restituição via Pix.

No terceiro lote, 1,6 milhão de contribuintes não prioritários serão contemplados, já que entregaram a declaração até o dia 23 de março. Os pagamentos terão uma correção de 2,07% no valor informado no momento da declaração.

Como saber?

Para saber se a restituição foi disponibilizada, o interessado pode acessar a página da Receita Federal, clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, em “Consultar a Restituição”.

Na página, é possível conferir o extrato de processamento. Se identificar alguma pendência, o cidadão pode retificar o documento.

O pagamento é feito diretamente na conta bancária informada pelo contribuinte no formulário do IRPF. Caso o crédito não seja realizado, os valores ficam disponíveis para resgate por até um ano no Banco do Brasil.

Para fazer a retirada no banco, é necessário fazer um agendamento pelo Portal BB; ou pela Central de Relacionamento, por meio dos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).

Qual é a previsão de pagamento dos próximos lotes de restituição do IR 2023?

  • 4º lote – 31 de agosto
  • 5º lote – 29 de setembro

E o que fazer com o dinheiro?

Se você está entre os brasileiros que já receberam a restituição, confira as orientações de especialistas sobre os melhores usos para esse dinheiro extra.

Quitar dívidas é prioridade

A primeira recomendação dos especialistas é usar o dinheiro para pagar eventuais dívidas. Com o dinheiro em mãos, pode ser mais fácil negociar com credores.

— Considerando o patamar de juros corrente e as taxas praticadas hoje em dia na maioria das linhas de crédito, como cartões de crédito, cheque especial, financiamentos, a orientação é quitar ou amortizar a dívida — diz Guilherme Dultra, head de finanças da Associação Nacional de Executivos (Anefac).

Se o dinheiro não for suficiente para quitar todos os débitos, Tiago Sayão, professor de Economia na Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), recomenda que se negocie primeiro àquelas com juros mais elevados e/ou com medidas mais restritivas como financiamentos de automóveis que preveem a busca e apreensão do veículo.

— As dívidas nas quais o desconto incide diretamente na fonte de renda como consignados também devem ser vistas como prioridade — orienta Sayão.

Poupe

Para quem não tem dívidas ou que terá uma sobra de recursos após quitá-las, a proposta é fazer ou aumentar o fundo de reserva para emergências, orienta Ione Amorim, economista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec):

— Nesse caso, aplique o recurso para uma utilização futura, mas com segurança. O indicado é comprar títulos do Tesouro Selic, que atualmente possuem rentabilidade elevada diante do atual patamar da Taxa Selic que está em 13,75% ao ano. Os títulos possuem liquidez diária e podem ser resgatados antes do prazo do vencimento — explica a economista.

Nesse perfil de baixo risco e boa liquidez, Dultra, da Anefac, recomenda a quem está formando sua reserva também fundos de investimentos cuja rentabilidade esteja atrelada ao CDI e que tenham taxas de administração baixas, ou produtos de emissão bancária (CDB) que paguem 100% do CDI ou acima.

— Caso já tenha a reserva de emergência formada, para perfis conservadores, há produtos de emissão bancária pós-fixados como CDBs, com garantia do FGC , e com prazos de vencimento de 1, 2, ou mais anos com taxas interessantes. Aqui, torna-se fundamental ver a taxa oferecida e a tributação de imposto de renda aplicada para o prazo da aplicação — alerta.

Já para perfis mais arrojados, o head de finanças da Anefac, recomenda que investidor considere aplicar em CRI, CRA, debentures de empresas sólidas:

— Esse tipo de investimento normalmente oferece taxas mais atraentes que o Tesouro Nacional e produtos de emissão bancária como CDBs.

Gaste de forma estratégica

Para quem não tem dívidas e já possui uma reserva para emergências, um bom uso para a restituição pode ser a compra de produtos ou pagamento por serviços necessários para família que estavam sendo adiados devido ao orçamento apertado. A compra da geladeira que está prestes a queimar, de um equipamento usado para o trabalho ou investimento em educação e capacitação.

— Quem tem filhos na escola particular e irá renovar a matrícula no fim do ano, uma estratégia é entrar em contato com a escola e propor um desconto para a confirmação da matrícula antecipada — ensina Ione Amorim.

Dultra diz ainda que é importante não esquecer de investir na capacitação profissional:

— Se você tem uma carreira, na qual uma certificação profissional é um diferencial, aplicar os recursos aqui pode ser importante pensando em longo prazo. Investir em si mesmo é sempre relevante e pode trazer ascensão profissional e maiores ganhos a médio prazo.

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