Irreverência e jogos de RPG: Igreja atualiza ‘lista de pecados’ com mais de 100 itens; veja
Segundo a lista, pichação e mania de doença também são considerados pecados
Chegando o dia do Natal, internautas resgataram no X uma igreja brasileira que virou assunto nas redes sociais após atualizar a “lista de pecados” que os fieis não devem cometer. O documento, distribuído durante um retiro de fiéis em março de 2023, em São Paulo, mistura crimes hediondos, práticas religiosas, comportamentos do cotidiano e até gostos pessoais.
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A imagem da chamada lista de pecados foi fotografada e compartilhada por participantes do evento religioso. O material traz mais de 100 itens que os fiéis deveriam marcar em um papel, com o objetivo de medir a quantidade de “blasfêmias” cometidas individualmente. Na época, o conteúdo passou a ser alvo de críticas por colocar, lado a lado, assassinato, estupro e pedofilia com atitudes comuns, como mentira, vaidade, consumismo e jogos de azar.
A lista também inclui práticas de cunho religioso e cultural, como idolatria, horóscopo, cartomancia, feitiçaria e referências à chamada “nova era”.
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O documento ainda traz ataques diretos a outras religiões, citando como “pecado” práticas como umbanda, candomblé, benzimentos, primeira comunhão e crisma, colocando essas manifestações no mesmo nível de crimes graves.
Itens inusitados e erros chamam atenção
Além das polêmicas religiosas, a lista apresenta itens considerados curiosos ou confusos, como “intelectualismo”, “irreverência”, “facção” e “imprudência”. Outros pontos chamaram atenção por adentrar a intimidade dos fiéis, proibindo pornografia (grafada como “pronografia”), masturbação, sadomasoquismo e até jogos de RPG, classificados no documento como “jogos da morte”.
Os jogos de RPG aparecem no mesmo patamar que incesto, vício em álcool e drogas e sadismo. A lista também condena pirataria, prática que, além de considerada pecado pela igreja, também é crime.
Há ainda a presença dos termos “homossexualismo” e “lesbianismo” na lista. Além de ultrapassados, os conceitos são classificados como discriminatórios e a homofobia é crime no Brasil.
Apesar disso, o próprio documento aponta como pecados atitudes como intolerância, ódio, racismo, opressão e autoritarismo, o que levou internautas a destacarem as contradições presentes no material.
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