“Um criminoso extremamente perigoso, frio, contumaz no roubo de veículos, e que não pensa duas vezes para matar a vítima”. Assim o titular da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), delegado Valdemir Pereira descreveu Rafael Ferreira de Almeida, de 22 anos, que foi apresentado à imprensa na manhã desta segunda-feira (03). Assassino confesso do delegado Célio Cassimiro Tristão, de 73 anos, Rafael saiu da Casa de Prisão Provisória pela porta da frente em 13 de julho passado e desde então morou em três cidades diferentes até ser capturado na semana passada no Mato Grosso.
De acordo com o titular da Deic, Rafael saiu da CPP com um Alvará por um roubo ocorrido em Trindade, mesmo estando respondendo ainda por homicídio, latrocínio, roubo e receptação. Ele exiplica que assim que tomou conhecimento da liberação indevida do suspeito os agentes daquela Especializada passaram a monitorá-lo. Inicialmente, ainda de acordo com o delegado, Rafael morou em Niquelândia, mas depois da repercussão de sua saída da cadeia ele acabou se mudando para Pontes e Lacerda, onde foi preso na madrugada do último dia 26. Ele também passou alguns dias na Bolívia, País para o qual pretendia se mudar definitivamente junto com sua esposa.
“Graças a um trabalho conjunto com a Polícia Civil do Mato Grosso conseguimos capturá-lo exatamente quando ele chegava da Bolívia na madrugada da última segunda-feira”, relatou Valdemir Pereira, que afirmou irá solicitar a transferência dele para o Núcleo de Custódia a fim de evitar uma nova fuga.
O crime
Delegado aposentado, Célio Tristão foi morto a tiros no final da manhã do dia 29 de dezembro do ano passado no Residencial Guarema em Goiânia durante o roubo de um veículo de sua propriedade. Um adolescente que foi apreendido e um maior que foi preso no dia do crime no momento em que lavavam o carro roubado do delegado, segundo o titular da Deic, já foram liberados, e segundo o titular da Deic, não figuram mais como acusados, uma vez que provaram não ter tido qualquer tipo de relação com o latrocínio.
Rafael Almeida foi preso com um revólver em 30 de janeiro por uma equipe do Batalhão de Choque mas não ficou nem seis meses na cadeia. Até hoje nem a polícia nem o Poder Judiciário sabem se houve má-fé ou erro de interpretação na liberação dele da CPP.