Marido de mulher que matou as filhas em Edéia será investigado por conta de relação abusiva

O marido da mulher que confessou ter matado as duas filhas, em Edéia, será investigado por conta do suposto relacionamento abusivo. De acordo com a Polícia Civil, a investigação encontrou evidências de que Izadora Alves de Faria se sentia pressionada psicologicamente a manter a união com o parceiro. Depoimentos colhidos também incluem relatos de agressões físicas mútuas entre ambos.

O novo inquérito não tem relação com as investigações da morte das pequenas Maria Alice Alves de Souza Barbosa e Lavínia Souza Barbosa. Este caso, inclusive, foi concluído na última quinta-feira (6) e a mãe das meninas foi indiciada por duplo homicídio qualificado.

“Vamos averiguar em que se consistia essa pressão [do marido sobre a mulher]. Vai ser averiguado se houve crime contra a dignidade sexual, e, em caso positivo, qual crime”, explicou o delegado responsável pelo caso, Daniel Moura.

O Mais Goiás não conseguiu localizar a defesa do homem para solicitar um posicionamento.

Mulher que matou as filhas em Edéia

Izadora confessou o crime contra as filhas e contou em depoimento que pediu ajuda para fazer tratamento psiquiátrico antes das mortes, mas não fez. Ela fará um exame de insanidade mental para constatar se poderá responder criminalmente pelas mortes.

A mulher foi presa no dia 27 de setembro, horas depois de cometer o crime. Ela estava em um matagal e apresentava sinais de tentativa de suicídio. Apesar de ter sido enviada para um presídio, Izadora precisou ser internada no Hospital Psiquiátrico Wassily Chuc, em Goiânia, pois tentou tirar a própria vida novamente na cela.

A Defensoria Pública de Goiás (DPE-GO) informou, que, a pedido da família, passou a representar legalmente Izadora, na última quarta-feira (4/10). O objetivo é garantir o amplo direito à defesa, em virtude da ‘hipervulnerabilidade’ da investigada.

Localizada pela PM, mãe confessa ter matado as filhas em Edéia (Foto: Reprodução)

Relembre o crime

As vítimas de 6  e de 10 anos foram encontradas mortas pelo pai, no dia 27 de setembro, na casa em que moravam, em Edéia.

Conforme a investigação, Izadora envenenou, afogou e depois deu facadas nas meninas.