VIOLÊNCIA

Pai que matou filha já havia invadido casa à procura da ex-mulher em Ipameri

Homem não aceitava fim do relacionamento com ex-mulher

O homem, de 47 anos, que matou a filha a tiros e baleou o genro em Ipameri já havia invadido o mesmo imóvel, em março deste ano, para tentar matar a ex-mulher (que mora na casa também). Segundo a Polícia civil, a ex-mulher tem medidas protetivas contra Claudemar Bernardes da Silva desde 2021.

O crime ocorreu no último sábado (28). Bruna Bernardes da Silva, de 23 anos, foi morta após ser baleada no pescoço pelo pai. O marido dela, Max Uiller Silva, de 28 anos, foi atingido no abdômen e está internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Catalão Nasr Faiad. O estado de saúde de Max é considerado estável.

Violência

De acordo com a Polícia Militar, o homem já teria arrombado a porta de um dos cômodos onde as vítimas moravam procurando pela ex-mulher em março deste ano, mesmo com as medidas protetivas vigentes. No entanto, ele teria ido embora após não encontrá-la no local. O homem não aceitava o fim do relacionamento.

Conforme a ocorrência, Bruna relatou que o pai já havia ido até a residência dela à procura da mãe. Não satisfeito, Bruna disse que Claudemar teria arrombado a porta de um dos quartos da casa que estava trancada, à procura da ex-mulher. Apesar do dano material, Bruna não quis representar queixa contra o pai.

Crime

O crime aconteceu no último sábado (28), quando Claudemar invadiu a casa onde Bruna morava com o marido e a mãe. Segundo informações preliminares, o homem foi até a residência para matar a a ex-esposa, mas foi impedido pelo genro.

De acordo com a ocorrência, o indivíduo deu o primeiro disparo contra Max após se desentender com o genro. Em seguida, deu um tiro contra a porta da residência, acertando a filha que estava dentro da casa. Claudemar usou uma espingarda calibre 12. 

A Polícia Militar informou que Max foi atingido no abdômen e Bruna foi baleada no pescoço. A corporação informou que o caso está sendo investigado, mas, inicialmente, parece ser um feminicídio praticado contra Bruna e uma tentativa de homicídio contra Max.

Claudemar foi preso 20 horas após cometer o crime. A defesa dele não foi localizada.

Candidato

Em 2016, se candidatou a vereador e chegou a ser suplente. Durante o período político, o candidato apresentou a certidão de antecedentes criminais, que não apresentava nenhum crime.

Claudemar se candidatou novamente a vereador pelo partido Republicanos, em 2020. Porém, teria desistido e, por isso, não foi eleito. Entre os bens declarados, o mecânico tinha uma fazenda avaliada em R$ 500 mil.