CANDIDATO PADRE

Passageiros cantam música de festa junina e jingle de Lula após reconhecer padre Kelmon, em voo; vídeo

O candidato à Presidência Padre Kelmon (PTB) foi reconhecido por passageiros em um voo que…

O candidato à Presidência Padre Kelmon (PTB) foi reconhecido por passageiros em um voo que saiu de Salvador para São Paulo, neste domingo, que começaram a cantar músicas de festa junina e o jingle de campanha do Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em  um vídeo  que viralizou nas redes sociais, eles cantam “Olê, olê, olá, Lula” e “Viva São João”.

A piada tem origem no último debate presidencial, promovido na noite da última quinta-feira pela TV Globo. Na ocasião, a candidata do União Brasil, Soraya Thronicke, chamou Kelmon de “padre de festa junina”.

Antes,  a candidata no debate transmitido na Band, chamou Bolsonaro de “tchutchuca com outros homens”, mas tigrão com as mulheres. “E digo mais: lá no meu estado tem mulher que vira onça, e eu sou uma delas.”

No evento exibido no SBT,  Thronicke fez referências veladas à aquisição de leite condensado, viagra e próteses penianas pelo Exército para atacar Bolsonaro. Disse, ainda, que o presidente “não deveria cutucar onça com sua vara curta”, ironizando declarações feitas por ele no 7 de setembro de que era “imbrochável”.

Nas inserções de TV e rádio, Soraya explorou a proposta de reforma tributária. Na campanha, cancelou eventos sob o argumento de falta de dinheiro, ainda que tenha recebido da União Brasil R$ 34,2 milhões, mais do que Ciro (R$ 33,3 milhões) e Bolsonaro (R$ 18 milhões) receberam de PDT e PL, respectivamente.

DOBRADINHA COM BOLSONARO

Padre Kelmon, que recebeu R$ 1,54 milhão do PTB, viveu uma situação bem diferente. Ele entrou na disputa ao Planalto depois de o TSE negar por unanimidade o registro de candidatura de Roberto Jefferson (PTB), condenado no escândalo do mensalão. Ao lançar seu nome, Jefferson afirmou que sua intenção era dar opção ao eleitor de direita e conter parte dos ataques da esquerda a Bolsonaro.

O substituto se comportou nos debates como aliado de Bolsonaro, fazendo dobradinhas em críticas ao ex-presidente Lula. Uma das narrativas principais inflamadas pelo petebista girou em torno de uma suposta aniquilação de cristãos no Brasil.

Kelmon, que não pontuou no Datafolha, é pároco de uma igreja autônoma peruana envolta em polêmica. De acordo com a assessoria do candidato, ele foi ordenado padre em agosto de 2015.