Prefeito do Rio chama premiê da Alemanha de ‘filhote de Hitler vagabundo’ após crítica ao Brasil
Paes reagiu a críticas de Friedrich Merz sobre estadia em Belém

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), chamou o primeiro-ministro da Alemanha, Friedrich Merz, de “filhote de Hitler vagabundo” e “nazista” em uma postagem no X, nesta terça (18). A publicação foi uma resposta a criticas que o alemão fez a Belém na segunda (17) —ele esteve na cidade no início do mês para participar da Cúpula dos Líderes, evento que precedeu a COP30.
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A publicação foi apagada da rede social, e Paes postou ainda na tarde desta terça uma mensagem reconhecendo a amizade entre Brasil e Alemanha: “Já dei minha desabafada de hoje. Fiquem tranquilos no Itamaraty. Viva a amizade Brasil e Alemanha que me emociona!”
Merz criticou a estadia no país para o evento climático em um discurso que fez no Congresso Alemão do Comércio, na segunda. “Senhoras e senhores, nós vivemos em um dos países mais bonitos do mundo. Perguntei a alguns jornalistas que estiveram comigo no Brasil na semana passada: ‘Quem de vocês gostaria de ficar aqui?’ Ninguém levantou a mão. Todos ficaram contentes por termos retornado à Alemanha, a noite de sexta para sábado, especialmente daquele lugar onde estávamos”, afirmou.
Autoridades brasileiras saíram em defesa da cidade. O prefeito da capital paraense, Igor Normando (MDB), chamou a fala de “arrogante” e ” preconceituosa”. Já o governador do estado, Helder Barbalho (MDB), afirmou que causa estranhamento quando “quem ajudou a aquecer o planeta questiona o calor da amazônia”.
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A postagem de Paes cita a declaração de Normando e Barbalho e diz que ambos foram “muito educados” nas respostas a Merz.
O presidente Lula (PT) também se manifestou nesta terça. “Ele [Merz] na verdade devia ter ido num boteco no Pará. Ele, na verdade, deveria ter dançado no Pará. Ele, na verdade, deveria ter provado a culinária do Pará, porque ele ia perceber que Berlim não oferece para ele 10% da qualidade que oferece o estado do Pará e a cidade de Belém”, disse.
*Via Folha de São Paulo