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Prefeitura de Goiânia pagará bônus de fim de ano para Educação

Servidores administrativos receberão valores até R$ 2,5 mil e professores com jornada de 30 horas semanais terão direito a até R$ 5 mil

A prefeitura de Goiânia anunciou, na tarde desta quarta-feira (8), o pagamento de um bônus de fim de ano para servidores da Secretaria Municipal de Educação. De acordo com o comunicado, servidores administrativos receberão valores até R$ 2,5 mil e professores com jornada de 30 horas semanais terão direito a um bônus de até R$ 5 mil. O pagamento será em parcela única e excepcional, a ser creditada em dezembro.

Os critérios para o recebimento do bônus incluem a assiduidade dos servidores e a realização de cursos de aperfeiçoamento. O município diz que “os valores a serem pagos são oriundos da economia do município realizada pela Educação, que inclui desocupações de prédios e galpões alugados, além da melhoria na gestão dos gastos nas unidades educacionais”.

O prefeito Sandro Mabel disse que o bônus foi viabilizado pelo esforço de diretores e demais funcionários de pasta que, ao longo do ano, conseguiram reduzir despesas. “A Educação municipal tem bons diretores, bons professores e bons profissionais. O diretor é uma pessoa capacitada para fazer a gestão dos recursos da escola e esse bônus é uma premiação que ele mesmo está dando. Porque esse dinheiro estava sendo desperdiçado e hoje, vem aí para o bolso dos servidores”.

Pesquisa sobre primeira infância em Goiânia

Uma pesquisa realizada em agosto desse ano por professores e alunos da Universidade Federal de Goiás (UFG) com crianças de zero a seis anos do setor Estrela D’Alva, na região Noroeste de Goiânia, trouxe à luz uma realidade preocupante: em 34,3% desses meninos e meninas há indícios de atraso no desenvolvimento e em 54,5% existe risco de alterações de comportamento. A pesquisa, coordenada pela professora Luciane Costa, também revela que ausência de monitoramento do desenvolvimento esteve fortemente associada à suspeita de atraso (55,7%).

“O ponto principal dessa pesquisa é o de chamar atenção para necessidade de se zelar mais pela primeira infância em Goiânia”, diz ao Mais Goiás a professora Luciane. “A gente vê que falta implementar políticas públicas, e isso tem impacto na vida toda. É na primeira infância que 90% do cérebro se desenvolve. Um dólar investido na primeira infância são sete que não precisarão ser investidos em programas sociais na vida adulta desse indivíduo”, afirma.

Luciane, que é da Faculdade de Odontologia da UFG, conta que a ideia de realizar a pesquisa nasceu da realidade que ela e outros docentes e discentes da universidade enfrentam no dia a dia. “Esse projeto vem muito de uma dor pessoal. Quando a gente recebia crianças no consultório da faculdade, eu via famílias com dificuldades muito básicas, como na escovação dos dentes. Percebemos que o dente era a ponta do iceberg, que essas pessoas precisavam de ajuda maior. A gente via crianças com três, quatro anos sem aquela interação adequada para idade, tudo muito perceptivel. Eu me juntei a uma psicóloga, a um médico pediatra e fomos aprofundando”, relata.

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