Pressão de 12 por 8 passa a ser pré-hipertensão no Brasil; assista ao vídeo e entenda
Mudança endurece metas de tratamento e classifica valor como risco

Se a sua pressão é 12 por 8, atenção: ela agora é considerada pré-hipertensão no Brasil. A nova Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial 2025, divulgada nesta quinta-feira (18), classifica como risco valores entre 12 por 8 (120-139 mmHg sistólica e/ou 80-89 mmHg diastólica), antes vistos como “normais limítrofes”.
O objetivo é prevenir a hipertensão antes que ela cause problemas graves, como infarto, AVC e insuficiência renal.
A mudança segue padrões internacionais. Em 2024, o Congresso Europeu de Cardiologia já passou a considerar 12 por 8 como “pressão elevada”.
Agora, o alvo do tratamento não é mais 14 por 9. Para todos os hipertensos, a meta é ficar abaixo de 13 por 8 (<130/80 mmHg), independentemente da idade, sexo ou doenças associadas. Quem não tolera a redução total deve chegar ao nível mais baixo seguro possível.
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Pela primeira vez, a diretriz fala sobre SUS e saúde feminina. Com 75% dos hipertensos atendidos na rede pública, o documento recomenda:
- Priorizar remédios disponíveis no SUS;
- Garantir protocolos multiprofissionais;
- Estimular monitoramento com MAPA e MRPA.
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Para as mulheres:
- Anticoncepcionais: medir a pressão antes e durante o uso;
- Gestantes: priorizar remédios seguros, como metildopa e alguns bloqueadores de canais de cálcio;
- Peri e pós-menopausa: acompanhamento próximo, pois a pressão tende a subir;
- Histórico de hipertensão gestacional: acompanhamento de longo prazo.
O que você pode fazer
- Estilo de vida: perda de peso, reduzir sal, aumentar potássio, seguir dieta DASH e praticar atividade física;
- Remédios: normalmente se começa com dois em baixa dose, preferencialmente em um só comprimido;
- Todos os hipertensos têm meta 13×8, incluindo quem tem diabetes, obesidade, doença renal ou já sofreu AVC.
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