Assalto a carro-forte

Quatro ladrões de bancos mortos em confronto com a polícia de Goiás são identificados

Todos estavam com mandados de prisão em aberto. Cinco fuzis, duas pistolas e explosivos foram apreendidos em chácara onde quadrilha se reunia

Quatro dos cinco mortos na madrugada de quarta-feira (4) durante confronto com policiais civis e militares de Goiás em uma chácara na cidade mineira de Brasilândia, todos com mandados de prisão em aberto, já foram identificados. Com o grupo, que segundo a polícia já se articulava para um novo ataque a carro-forte, os policiais apreenderam armamento pesado, além de rádios comunicadores, coletes balísticos, e explosivos.

Agentes do Grupo Anti Roubos a Bancos (GAB) da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), e militares da Rotam chegaram até a quadrilha após a prisão, no final da semana passada, de cinco suspeitos de participação no ataque com explosão a um carro-forte da Prosegur na BR-040, perto de Cristalina, crime este praticado no último dia 25 de novembro.

“Cruzando informações que já tínhamos, com outros dados que estavam nos celulares dos cinco presos na semana passada, nós identificamos duas chácaras em Minas Gerais, e quando chegamos em uma delas fomos recebidos a tiros, ocasião em que travamos um intenso confronto, que durou mais de 30 minutos, e que culminou com cinco dos alvos mortos, e um foragido”, relatou o delegado Samuel Moura, titular do GAB da Deic.

Wallace Wilker Menezes Nogueira, de 43 anos, Elias da Silva Brito, de 30 anos, Lucas da Silva Arrais, de 28 anos, e Fernando Roberto Araújo Ramborger, de 34 anos, segundo o delegado, já tinham mandados de prisão em aberto por outros roubos a bancos e ataques a carros-fortes. O quinto suspeito morto no confronto ainda não foi identificado, e um sexto integrante da quadrilha, que não teve o nome divulgado, conseguiu fugir, mas já está sendo procurado.

Os presos na semana passada e os cinco mortos na madrugada de ontem, ainda conforme as investigações, teriam participado de dois ataques a carros-fortes na região de Cristalina este ano, e também em uma ação do “novo cangaço”, que culminou com a explosão de um banco e uma agência lotérica em Iparemi, no início do último mês de maio.

Na chácara em que a quadrilha estava, os policiais apreenderam dois fuzis calibre 7.62, três fuzis calibre 5.56, uma pistola calibre Nove Milímetros equipada com kit rajada, outra pistola calibre Ponto 40, além de munições, coletes e explosivos. Um dos mortos, Fernando Roberto, que é mais conhecido como “Alemão”, seria, segundo o delegado, o chefe da quadrilha, sendo o responsável pela escolha dos bancos e carros-fortes a serem atacados, e também por fornecer o armamento usado pelos criminosos.