APREENSÃO

Receita Federal apreende carga de cocaína escondida em balões de festa em porto do Rio

Agentes da Receita Federal apreenderam nesta terça-feira (23), uma carga de cocaína no porto de…

Agentes da Receita Federal apreenderam nesta terça-feira (23), uma carga de cocaína no porto de Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Para esconder o material das autoridades, os criminosos embalaram a droga em balões de festa, que estavam armazenados em uma carga de revestimento acrílico.

De acordo com a Receita, a operação é fruto de um trabalho de gerenciamento de risco e da inspeção e análise por meio de scanner. A droga ainda está sendo contabilizada pelos agentes, que contaram com auxílio da equipe de cães de farejadores (K9). A Polícia Federal foi acionada para realizar a perícia no local com objetivo de auxiliar a investigação.

Na última semana, dois servidores da Receita Federal foram presos acusados de participarem de um esquema criminoso de tráfico internacional de drogas saindo do Porto de Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio. Os dois agentes foram detidos durante a Operação Ártemis, deflagrada pela Polícia Federal (PF), Receita Federal e Ministério Público Federal (MPF).

A ação é oriunda de uma investigação da Receita que em 2020 detectou “condutas suspeitas de servidores” com o tráfico de drogas saindo do ancoradouro. A operação é um desdobramento da operação das polícias Civil e Federal, do ano passado, que apreendeu cerca de 600kg de drogas escondidas em mangas em contêineres e que seriam levadas para a Europa.

Os presos são dois analistas tributários da Receita e foram localizados um em Campo Grande, e outro no Recreio dos Bandeirantes. Além dos dois mandados de prisão, os agentes também cumprem 31 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Federal Criminal do Rio. A Justiça ainda determinou o sequestro de bens e valores dos envolvidos que ultrapassam R$ 30 milhões.

De acordo com a PF, o objetivo da operação desta quarta é “desarticular organização criminosa composta por agentes públicos, empresários e outras pessoas, que tinha por finalidade a prática de crimes atinentes ao comércio exterior, corrupção, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro”.

Ainda segundo a instituição, “a investigação teve início em 2020 a partir da comunicação feita pela Receita Federal do Brasil à Polícia Federal, após ações corretivas coordenadas pela Receita no Porto de Itaguaí, quando foram detectadas condutas suspeitas de servidores e agentes externos. Com o aprofundamento das investigações, descobriu-se a participação de várias outras pessoas em conluio no contrabando, facilitação de contrabando, tráfico de drogas e lavagem de capitais”.