Reprovação ao governo Lula cai entre beneficiados pela isenção do Imposto de Renda, aponta Datafolha
Evangélicos continuam como o grupo mais crítico ao governo: 49% reprovam a gestão e apenas 21% a aprovam.

A pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (6) mostra que, no geral, a avaliação do governo Lula (PT) permanece praticamente estável, com 32% de aprovação e 37% de reprovação, mas apresenta mudanças relevantes em segmentos específicos. Entre trabalhadores que recebem de 2 a 5 salários mínimos, público diretamente impactado pela ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, a reprovação caiu de 47% para 39%, dentro da margem de erro.
No recorte religioso, católicos mantêm avaliação estável, com 40% considerando o governo ótimo ou bom e 31% o classificando como ruim ou péssimo. Já os evangélicos continuam como o grupo mais crítico: 49% reprovam a gestão e apenas 21% a aprovam.
A renda segue como linha de divisão importante. Entre quem ganha até dois salários mínimos, 36% aprovam Lula, enquanto a reprovação é de 31%. Na faixa de 2 a 5 salários, 29% avaliam o governo positivamente e 39% negativamente. O pior desempenho está entre quem recebe de 5 a 10 salários mínimos, onde a rejeição chega a 53% e a aprovação a 24%. Acima de dez salários mínimos, 40% reprovam o governo e 27% aprovam, repetindo o índice anterior.
O Datafolha ouviu 2.002 pessoas entre 2 e 4 de dezembro, em 113 municípios. A margem de erro geral é de dois pontos percentuais.
Eleições
O Datafolha também ouviu os brasileiros sobre a disputa eleitoral em 2026. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém vantagem sobre os principais nomes da direita em simulações de segundo turno. Contra Flávio Bolsonaro (PL), Lula venceria por 51% a 36%, ampliando a distância registrada em julho.
Leia também: