QUASE UMA DÉCADA

Suspeito de agredir, ameaçar e perseguir companheira há 9 anos é preso em Planaltina

A Polícia Civil prendeu em flagrante um homem de 25 anos suspeito de agredir, xingar,…

A Polícia Civil prendeu em flagrante um homem de 25 anos suspeito de agredir, xingar, ameaçar e perseguir a companheira, da mesma idade. O crime aconteceu na manhã de terça-feira (27), no município de Planaltina de Goiás, na região do Entorno do Distrito Federal. A mulher disse que convive com o suspeito há 9 anos e, juntos, eles têm dois filhos, de 2 e 6 anos.

A vítima procurou a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Planaltina, por volta das 8 horas de terça. Ela revelou que foi agredida pelo rapaz depois que reclamou quando o rapaz abriu sua bolsa e pegou R$ 10 sem permissão.

Segundo o relato, o homem ficou irritado por ter sido questionado e passou a xingar a vítima, que tentou fugir, mas foi impedida pelo agressor. O jovem então atirou objetos em direção à vítima, que conseguiu fugir e para buscar ajuda policial.

Mesmo assim, o homem a seguiu, oportunidade que conseguiu alcança-la e desferir dois tapas em seu rosto. Nesse momento, ele ainda lhe disse: “se você não voltar para casa, eu vou bater do outro lado também”.

Racismo e outras violências

Ao ser ouvida na delegacia, a mulher informou que é vítima de violência doméstica há cerca de 9 anos, ou seja, desde o começo do relacionamento dela com o homem. Na ocasião, ela apresentou diversas mensagens ameaçadoras do companheiro e relatou já ter sofrido todo tipo de agressões físicas, tais como socos, pedradas, pauladas e outras.

A vítima disse ainda que, devido à sua cor de pele, o companheiro costuma chamá-la de “tiziu”, “piche de asfalto” e “saco de lixo”. Além disso, há anos profere outros xingamentos diariamente, como “piranha, vagabunda, prostituta”; “ninguém vai te querer, você é um lixo, não serve para nada”, “olha a sua magreza, nem cachorro vai querer só osso assim”.

Na unidade, o homem foi autuado pelos delitos de vias de fato, ameaça, stalking/perseguição, violência psicológica e injúria racial. Segundo a polícia, ele assumiu parcialmente os delitos cometidos.

Após a lavratura dos autos, homem foi encaminhado para a cadeia pública de Planaltina, ficando à disposição do Poder Judiciário.