Polêmica

TCU deve pedir joias de volta, e Bolsonaro é aconselhado a se antecipar

Estratégia, na visão de aliados, pouparia Bolsonaro de maiores estragos causados pelo noticiário

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi informado por aliados de que o Tribunal de Contas da União (TCU) vai determinar que ele devolva, ao patrimônio da União, as joias que foram dadas a ele de presente pelo governo da Arábia Saudita.

Esses mesmos aliados recomendaram que o ex-presidente se antecipe à ordem e desista de ficar com os itens, uma vez que esse desfecho será inevitável.

Com isso, ele se adiantaria à decisão do TCU e evitaria desgastes ainda maiores causados pelo noticiário de que integrantes de seu governo tentaram trazer os bens ao Brasil de forma ilegal.

As joias foram enviadas ao país em duas caixas, carregadas pela equipe do então ministro das Minas e Energia Bento Albuquerque.

Uma delas, com um par de brincos, um anel, um colar e um relógio, confeccionados com pedras preciosas, eram destinados à então primeira-dama Michelle Bolsonaro, segundo o ex-ministro. O conjunto valeria R$ 16 milhões.

O outro pacote, que inclui relógio, caneta, abotoaduras, anel e um tipo de rosário, todos da marca suíça de diamantes Chopard, não foi interceptado pela Receita.