Acusado de matar sogro em farmácia de Goiânia diz que foi ameaçado pela vítima
Fala foi dada durante audiência de instrução

Felipe Gabriel Jardim Gonçalves, acusado de matar o sogro em uma farmácia de Goiânia, em 2022, mudou a versão do crime e disse que foi ameaçado pela então namorada, Kênia Yanka Leão, e o pai dela, João do Rosário Leão. A fala foi dada durante audiência de instrução – procedimento que ocorre antes do formato de julgamento ser definido, sendo que este que pode ser o tribunal do júri.
“Eu estava no celular e ela ameaça que vai mandar matar eu e minha mãe, que é o momento que eu entro na farmácia, ‘viro a chave’ e saio daquela forma”, responde ao promotor de Justiça e continuou: “Na verdade [entrei na farmácia], não sei se era para matar ou o que para acontecer. Eu não tinha intuito de nada. Só entrei por impulso.” Ele relevou que estava no telefone com a filha da vítima pouco antes do crime e que teria ido ao local para encontrá-la.
Ainda segundo ele, a vítima o ameaçou durante todo o relacionamento. “Ele me ameaçou diversas vezes em nossa relação. Já aconteceu dele sacar o revólver [e dizer] ‘eu estou doido para derrubar um cara e esse cara é você’. Eu tinha medo do João. Era uma pessoa hostil. Sempre respeitei ele, mas temia muito.”
Inicialmente, a versão era que o acusado teria matado a vítima por causa de um boletim de ocorrência que o sogro teria registrado contra ele. A filha da vítima, Kênia Yanka Leão, negou qualquer ameaça a uma rádio local.
Em relação ao crime, no final da manhã de 27 de junho do ano passado, Felipe Gabriel entrou em uma farmácia localizada na avenida T-4, no setor Bueno, e matou a tiros João do Rosário Leão, conforme a denúncia. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento do crime, que ocorreu na frente da filha gestante. Depois, ele salta sobre o balcão e atira novamente, fugindo em seguida.
A vítima chegou a ser socorrida e levada em estado grave para o Hospital de Urgências de Goiás (Hugo), mas não resistiu e faleceu algumas horas depois.