ECONOMIA

Alternativas renováveis de energia podem ajudar reduzir conta de luz dos goianos

Mercado Livre de Energia é um ambiente de compra e venda de energia elétrica, no qual os consumidores escolhem o próprio fornecedor

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), divulgou em janeiro, que a conta de luz dos brasileiros deve subir, em média, 5,6%, número acima da estimativa da inflação projetada para este ano. Em Goiás, dados divulgados pela Equatorial nesta semana mostram que o consumo de energia foi de 17% maior nos três primeiros meses de 2024, se comparado com o mesmo período do ano passado.

Conforme o levantamento, o gasto médio residencial no primeiro bimestre de 2023 foi de 173 kWh por instalação, enquanto em 2024 foi de 203 kWh. Em meio a este cenário, as alternativas renováveis, como energia solar e eólica, podem ajudar consumidores residenciais a reduzir seus gastos.

Ao Mais Goiás, Cícero Lima, diretor comercial de uma empresa de energia solar e eólica, explica que os clientes que recebem energia em média ou alta tensão podem economizar até 30% em alternativas renováveis. Já para os clientes ligados a rede de baixa tensão, por exemplo, os residenciais e pequenos comércios, o desconto pode ser de até 14% todos os meses, e destaca a abertura do Mercado Livre de Energia.

“As perspectivas são muito boas com a abertura do Mercado Livre de Energia para consumidores do grupo A (com potencial para atrair milhares de novos consumidores). Além disso, devemos ter bons avanços nas pautas de transição energética, mobilidade elétrica, regulamentação do hidrogênio, expansão das fontes renováveis, que fortalecerão o protagonismo do Brasil como uma potência das renováveis”, disse.

Mercado Livre de Energia

O Mercado Livre de Energia é um ambiente de compra e venda de energia elétrica, no qual os consumidores escolhem o próprio fornecedor e negociam preço, prazo, volume e forma de pagamento diretamente com as geradoras ou comercializadoras.

Em janeiro deste ano, a portaria 50/2022 permitiu que todos os usuários do grupo A, ou seja, média e alta tensão, pudessem migrar ao mercado livre de energia, beneficiando empreendedores de pequeno porte que demandam consumo menor que 500KW. Antes disso, apenas consumidores do grupo A poderiam fazer a migração.

Em Goiás, cerca de 31% da energia consumida por pequenas e médias empresas vem do sistema de Mercado Livre de Energia. Ao todo, o Estado têm mais de 1 mil consumidores e escolhe quem será seu fornecedor.

De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em dois meses de 2024, as migrações já alcançaram metade do volume registrado em todo 2023.