Aluno denuncia agressão de dono de academia após cobrar álcool em gel
Cairo diz que publicou os posts no Instagram para denunciar a falta do álcool e a ausência de profissionais para orientar os alunos

O empresário Cairo Henrique Coutinho Arantes, de 25 anos, denuncia que foi agredido pelo dono da academia ObjetivoFit, localizada na Vila Clemente, em Goiânia, no início da tarde desta terça-feira (21). Segundo ele, o motivo da violência teria sido o fato de postar, nas redes sociais, que o local não tinha álcool em gel e nem professores para orientar os alunos.
O aluno diz que só havia álcool disponível na entrada da academia, na qual já treinava há um ano de meio. “Quando você entrava, não tinha mais álcool em gel em nenhum canto do local. Também não tinha professores para orientar os alunos que estavam treinando no local. Com isso, eu decidi realizar o post e marquei a academia”, afirma.
Segundo Cairo, antes de publicou os posts, ele teria alertado as recepcionistas do local sobre a falta dos produto e elas teriam dito que o álcool chegaria no dia seguinte. Após a publicação, o dono da academia o teria chamado na recepção e dito para ele apagar as postagens. “Em troca, ele me ofereceu o valor da mensalidade para não ser mais aluno da academia. Eu aceitei a devolução do dinheiro, mas disse que não apagaria as postagens. Nesse momento, ele começou a me agredir”, ressalta.
Cairo afirma que foi agredido com socos na cara, nos braços e nas costas. Com isso, ele sofreu um corte na orelha direita. As agressões foram registradas no post que ele colocou na rede social particular. Em um dos vídeos, mostra o momento que o dono estabelecimento o pegou pelo pescoço e no braço e desfere um soco no aluno. Ele conta que conseguiu se desvincilhar das agressões e saiu para fora do estabelecimento e chamou a polícia. Nesse momento, o dono da academia fugiu.
Após muitas incertezas, até mesmo com batalha judicial, as academias conseguiram o direito de retornar as atividades. Mas, com isso, devem seguir uma série de normas sanitárias para o funcionamento e evitar a propagação do novo coronavírus. Entre elas estão a utilização de máscaras, a disponibilização do álcool em gel em vários ambientes, funcionamento de até 30% da capacidade, distanciamento de aparelhos e a preferência de uso de utilização natural.
O empresário conta que se sentiu lesado diante da situação. “Não fiz isso somente para mim ou para me aparecer. Mas para todos os alunos e até funcionários da academia. Nada justifica uma agressão. Não tinha o porquê dele fazer isso”, finaliza.
Cairo registrou o boletim de ocorrência na Polícia Civil (PC) e passou pelo exame de corpo de delito. Até o final da tarde desta terça-feira, o dono da academia não tinha aparecido.
O Mais Goiás entrou em contato com a Objetivofit que, por meio de nota, alegou que ” tudo não passou de um equívoco!” O texto destaca que o aluno “sequer reclamou posteriormente se havia borrifadores sem conter álcool para higienização dos equipamentos.” O texto ressalta que o local conta com todas as notas fiscais da compra dos produtos para manter a higienização do local e que um professor substituto não pôde aparecer no turno, mas que havia outro profissional no local.
Veja a nota completa da Objetivofit abaixo
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