Aluno que esfaqueou menina em Goiânia aguarda links para estudar em casa
Adolescente foi liberado da Delegacia com restrições: estudar em casa e manter tratamento psicológico

O adolescente de 15 anos que esfaqueou uma colega em uma escola de Goiânia nesta segunda (23) deve iniciar, nos próximos dias, as aulas remotas. Quando foi liberado da Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai), ele recebeu algumas restrições, como explicou a advogada Ana Carolina Amorim Santos.
“Ele não pode sair de casa e ficará em acompanhamento psicológico e em afastamento da vítima”, relatou. Na data, ela também informou que ele seguiria estudando, mas remotamente.
“Agora o Ministério Público vai apresentar denúncia de homicídio tentado ou arquivar o processo.” Ana explica que, geralmente, o órgão leva cerca de 15 a 45 dias. “O MP também pediu um parecer de exame pericial psicológico. Após essa diligência que será feito o restante do procedimento.”
Adolescente aguarda posicionamento da Secretaria de Educação para estudar remotamente
Ana revelou ao Mais Goiás, nesta quarta (25), que seu cliente está em casa e aguarda o link para começar as aulas remotas. Este será disponibilizado pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc). “Ele não irá retorna as aulas presenciais enquanto não for finalizando o processo”, reforçou a advogada.
Ainda segundo ela, o adolescente, que já fazia tratamento psicológico, teve o atendimento ampliado. “Só intensificou, com a decisão. Aumentaram os medicamentos, além dos requisitos impostos por decisão.”
O portal entrou em contato com a Seduc para saber quando serão disponibilizados os links para o retorno às aulas do jovem. Assim que houver um retorno, esta matéria será atualizada.
Caso do adolescente que esfaqueou uma menina na escola
Vale destacar, o caso aconteceu no Colégio Polivalente Goiany Prates, no Setor Vila dos Alpes. O jovem é diagnosticado com transtornos mentais (transtorno bipolar).
De acordo com o Queops Barreto, titular da Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai), a dosagem de remédios do adolescente teria mudado e ele se tornou mais agressivo. Inclusive, segundo ele, o autor já havia importunado sexualmente uma amiga da garota ferida, na sexta (20), e foi repreendido pela vítima na data.
Colegas de classe disseram ao delegado que ele era de boa convivência, mas às vezes ficava agressivo. “Ele é um adolescente com um professor de apoio [por conta da condição]. Foi uma questão inesperada.”