REPÚDIO

MPGO abre procedimento administrativo para acompanhar funcionamento da rede de proteção animal em Anápolis

O Ministério Público de Goiás (MPGO) abriu um procedimento administrativo para acompanhar, em Anápolis, o…

O Ministério Público de Goiás (MPGO) abriu um procedimento administrativo para acompanhar, em Anápolis, o funcionamento da rede de proteção animal. A vereadora Thais Souza (PP), defensora da causa, levou a demanda ao órgão e repudiou a forma adotada pelo município de limitar a castração gratuita apenas a quem possui cartão cidadão.

A parlamentar também denunciou a suspensão da política de castração que estava sendo realizada com o castramóvel. O serviço ficou a cargo de apenas três clínicas credenciadas. Segundo ela, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) também não estaria recebendo insumos da prefeitura para realização dos trabalhos.

Ao Mais Anápolis, a parlamentar afirmou que existem 400 cadastros no CCZ, porém, apenas sete pessoas possuem cartão cidadão. “O diretor de vigilância sanitária diz que 17 mil habitantes possuem o cartão. Mas quem garante que todas essas pessoas têm animais e querem castrá-los?”, questiona Thais Souza.

De acordo a vereadora, a política pública de castração deve ser eficiente. Ela cita o Estado de São Paulo que exige somente comprovante de endereço, documentos pessoas e comprovante de vacinação. “Ser baixa renda não se limita a ter cartão cidadão”, pontua. A limitação, segundo Thaís, foi especificada em edital de castração realizada pelo município.

No entanto, o Termo de  Ajustamento de Conduta  (TAC), assinado em 2016, que reconhece a necessidade de se implantar e estruturar a Rede  Municipal de Bem-Estar animal em Anápolis, não cita esse critério, de acordo com Thaís.

“A castração de uma fêmea em uma clínica particular é praticamente R$ 1 mil. Uma família que ganha três salários mínimos e que não tem o cartão cidadão, não tem condições de pagar. Deve ser um serviço de acessibilidade para quem não condições, mas têm desejo de castrar seus animais”, afirma.

O Mais Anápolis entrou em contato com a prefeitura  e aguarda retorno sobre o assunto desde sexta-feira (5). “Uma cidade de quase 400 mil habitantes e apenas mil pessoas querendo castrar seus animais é pouco para limitar assim”, diz Thais Souza.