Flexibilização

Aparecida pode voltar ao escalonamento do comércio

Decisão deve ser deliberada pelo Centro de Operações Emergenciais do município após diálogo com setores da indústria e comércio do município

Em diálogo com a Prefeitura de Aparecida de Goiânia, representantes do setor de indústria e comércio no município pressionam flexibilização do comércio no próximo decreto da Prefeitura de Aparecida de Goiânia. Uma das demandas do segmento é o retorno ao escalonamento que permite funcionamento de atividades por Região do município.

Lideranças da indústria e comércio estiveram reunidas com o prefeito Gustavo Mendanha de forma remota para discutir a flexibilização do comércio na manhã desta sexta-feira (12). A deliberação sobre o escalonamento de atividades deve ser decidida em reunião com Centro de Operações Emergenciais (COE) do município às 14 h.

Presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial da Região Leste de Aparecida de Goiânia (Acirlag), Maione Padeiro, afirma que apesar da situação caótica em que o município se encontra, a flexibilização de algumas atividades do comércio é fundamental para a sobrevivência dos trabalhadores. Ele pede a flexibilização de atividades para dar respiro aos segmentos prejudicados pelo fechamento do comércio.

Leitos

Não há mais vagas de UTI na rede privada e a rede pública está com taxa de ocupação de 95% em Aparecida de Goiânia. Desde a última quinta-feira (11) o prefeito Gustavo Mendanha (MDB) está fazendo uma série de reuniões de forma remota com vereadores, empresários, lideranças classistas, religiosas e comerciantes para apresentar a situação caótica da pandemia do Coronavírus na cidade. De acordo com Maione, o gestor ainda não apresentou medidas de qualquer tipo de auxílio aos segmentos.

“Não tivemos nenhuma proposta de auxílio por parte do poder municipal. O prefeito já disse que o município não tem orçamento, mas prometeu consultar a Secretaria da Fazenda do município para ver o que pode ser feito em relação aos impostos”. O presidente da Acirlag ainda disse que a entidade é à favor de fiscalização mais rígida. Maione acredita que a flexibilização do comércio com a adoção de medidas sanitárias e distanciamento não fará com que o cenário da pandemia em Aparecida de Goiânia se agrave ainda mais.

Vereadores da base do governo sinalizaram que ainda não sabem qual tendência o próximo decreto da prefeitura deve seguir. As diretrizes devem ser decididas apenas após o diálogo com a liderança dos segmentos da indústria e comércio do município. O Mais Goiás tentou falar com representante da Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia (Aciag), mas a associação não quis se manifestar.

Escalonamento

Se o próximo decreto de Gustavo Mendanha optar por seguir a flexibilização por escalonamento de atividades, Aparecida estaria no cenário laranja. Nesta perspectiva cada macrozona fecha duas vezes de segunda a sexta-feira e a cidade inteira fecha aos sábados, a partir das 13 horas, e aos domingos o dia todo.

No entanto, se for considerado o mapa epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde, Aparecida estaria em cenário vermelho. Nesta fase, cada macrozona fecha três vezes de segunda a sexta-feira e totalmente fechadas aos sábados e domingos, excetuando serviços de saúde, supermercados, postos de combustíveis e farmácias.