DESISTÊNCIA

Após polêmica, OS desiste de quarteirização de UTIs e demissões no Crer e Hugol

Depois de causar polêmica ao anunciar proposta de quarteirização de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs)…

Depois de causar polêmica ao anunciar proposta de quarteirização de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do Crer e Hugol, a Organização Social (OS) Agir desistiu do processo que poderia causar demissão em massa de profissionais de enfermagem, fisioterapia e fonoaudiologia, nutrição e odontológicos nos respectivos hospitais. Anúncio de desistência foi feito pela Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO).

A divulgação da carta cotação foi realizada no site da OS, na última quarta-feira (24). Segundo o anúncio, as propostas das empresas deveriam ser enviadas por email da Agir até o próximo dia 8 de julho. Na prática, a Organização Social contrataria outras empresas para prestarem serviço nas UTIs dos hospitais Crer e Hugol.

De imediato, a quarteirização causou polêmica entre os profissionais das unidades, que temiam demissão em massa em 45 dias, bem como redução de salário e aumento da carga horária de trabalho. “Em plena pandemia, os profissionais da linha de frente no combate à covid-19 estão sendo desvalorizados. Vão demitir pessoas com vasta experiência para contratar profissionais por um preço bem abaixo do que está sendo pago atualmente. É um crime contra a vida de quem cuida de outras vidas”, disse uma enfermeira que preferiu não ser identificada à época do anúncio da quarteirização.

Após dois dias da divulgação da carta cotação, porém, a SES anunciou que, depois de diálogo, a OS não irá dar continuidade às modificações contratuais de trabalho que estavam programadas.

“A SES-GO entende que, em razão da turbulência causada pela pandemia no Estado é importante haver sinergia na força de trabalho”, disse no texto. Por fim, a Pasta afirmou que zela pela qualidade e segurança do serviço público prestado aos cidadãos e que “acompanha sistematicamente o trabalho desempenhado nas unidades da rede estadual.”

Também por meio de nota (confira íntegra), a Agir informou que suspendeu, por tempo indeterminado, os processos de contratação externa de áreas assistenciais e apoio iniciadas no mês de junho por conta dos impactos causados pela pandemia do novo coronavírus.

Nota SES:

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) comunica que, após diálogo com a organização social que gerencia o Hugol e o Crer, optou-se em não dar continuidade nas modificações contratuais de trabalho que estavam programadas. A SES-GO entende que, em razão da turbulência causada pela pandemia no Estado é importante haver sinergia na força de trabalho. Por fim, a SES-GO reitera que zela pela qualidade e segurança do serviço público prestado aos cidadãos e que acompanha sistematicamente o trabalho desempenhado nas unidades da rede estadual.

Nota Agir:

A Associação de Gestão, Inovação e Resultados em Saúde (Agir) clarifica que diante do momento turbulento que assola toda a sociedade, em razão dos impactos causados pela pandemia do Coronavírus, optamos mediante alinhamento conjunto entre a Secretaria de Estado da Saúde (SES/GO), a Agir e as unidades CRER e HUGOL em não dar continuidade por tempo indeterminado aos processos de contratação externa de áreas assistenciais e apoio iniciadas no mês de junho.