AUMENTO

Apreensões de ‘supermaconha’ em prisões de Goiás saltam de uma em 2020 para 48 em 2021

A supermaconha é formada por diversos compostos químicos que imitam os efeitos da maconha, mas com ampla variação em sua potência

O governo de Goiás confirmou um “aumento significativo” de apreensões da droga sintética K4, mais conhecida como “supermaconha” na prisões do estado. A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou ter registrado 48 ocorrências de apreensão de drogas sintéticas semelhante ao K4 entre janeiro e setembro deste ano nas unidades prisionais de Goiás, contra apenas uma no ano passado.

De acordo com a DGAP, a supermaconha é formada por diversos compostos químicos que imitam os efeitos da maconha, mas com ampla variação em sua potência. “Por ser uma substância líquida, a droga é pulverizada em papel e não tem odor, o que torna a identificação e apreensão muito mais difícil”, detalhou o órgão.

O número de apreensões feitas pela Polícia Penal de janeiro a setembro deste ano dessa droga, 48, totalizando 15.583 selos da droga, é muito superior ao registrado no ano anterior, quando somente uma apreensão de 12 papéis foi realizada. Como a K4 ainda não está catalogada no sistema de Registro de Atendimento Integrado Virtual (RAI) do Estado de Goiás, o levantamento foi realizado de acordo com a descrição dos registros, caracterizada pela direção dos presídios.

3,5 mil selos de supermaconha em uma única ocorrência

Ainda conforme a DGAP, somente em uma única ocorrência, a Polícia Penal de Goiás apreendeu, em março deste ano, 3,5 mil selos da substância K4. A droga foi encontrada dentro de um colchão, depois que os servidores da Unidade Regional Prisional de Anápolis realizaram uma revista minuciosa no objeto, contando inclusive com o suporte de um aparelho body scan. O órgão informou que essa foi a maior interceptação deste tipo de substância em 2021.

Segundo o diretor-geral de Administração Penitenciária de Goiás, tenente-coronel Rasmussen, há casos “inusitados de materiais ilícitos, como o K4, escondidos em bola, costura de roupa, colchão”. “Mas nossos policiais são devidamente treinados para identificar essas situações e trabalham em integração com nosso setor de Inteligência”, conclui.