NESTA TERÇA

CNJ decide por demissão de médico Ricardo Sandré do TJ-GO

Em decisão unânime nesta terça (28), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) demitiu o médico…

Em decisão unânime nesta terça (28), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) demitiu o médico do trabalho Ricardo Paes Sandré do cargo de técnico judiciário do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) em processo administrativo. O servidor é investigado por assédio moral e sexual no ambiente de trabalho.

Vale destacar, o próprio CNJ já havia afastado Ricardo do Sandré do cargo em 2019. Segundo a denúncia do Ministério Público de Goiás (MP-GO), os casos ocorreram de 2013 a 2018, quando ele era diretor da unidade de saúde do TJ. Ele teria usado a influência para os atos.

Na denúncia do MP, um dos funcionários disse que o médico levou uma arma de fogo e mostrou aos funcionários com intuito de coagir e fazer pressão psicológica. Além disso, segundo a decisão do CNJ, em outros momentos Ricardo tratou estagiários de forma vexatória, além de suspender aleatoriamente o pagamento de gratificação por atividade pericial e impor aos médicos o desempenho de atividades “em nítido desvio de função, tratando servidores de forma desigual tão somente em razão de apreço ou desapreço”.

Ainda segundo o Conselho, ficou comprovado que ele retaliou aqueles que reagiram a conduta dele, dificultando férias e licenças devidas. Ricardo sempre negou todas as acusações. Vale citar, ele é genro do ex-presidente do TJ-GO, desembargador Gilberto Marques Filho. As informações foram divulgadas pelo O Popular.

Informações da época do caso Ricardo Sandré

Após as denúncias de, pelo menos, sete funcionárias ex-servidoras do TJ-GO, o próprio Sandré pediu exoneração do cargo e requereu abertura do processo administrativo. Segundo reportagem do Estadão, de janeiro de 2019, ele gozou de licença prêmio de 20 de setembro a 19 de dezembro de 2018.

Naquele momento, Ricardo disse, por nota, que “nenhum dos relatos que me atribuem práticas de irregularidades, assédio moral, sexual ou abuso de poder (nenhum!) condizem com a verdade, sequer remotamente”. Além disso, ele classificou a situação como “ação orquestrada” para assassinar a reputação.