Especialista dá dicas para evitar que a gripe atrapalhe as férias; veja quais
Médica pneumologista dá 8 dicas para você não se frustrar no período de descanso
Com o aumento do fluxo de passageiros em terminais rodoviários, aeroportos e ônibus nas viagens durante o período de férias, os riscos de contaminação por infecções respiratórias como gripes, resfriados e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) também crescem. A médica pneumologista Heloisa Costa lembra que o contágio acontece principalmente por gotículas no ar e superfícies contaminadas, em ambientes com alta circulação de pessoas.
O cenário ainda é de maior cautela diante do contexto vivido em Goiás. O Governo do Estado decretou situação de emergência por SRAG no fim de junho, após registrar um aumento expressivo de casos e internações, especialmente em crianças.
Só no primeiro semestre de 2025, Goiás já acumula quase o mesmo número de casos da doença registrados em todo o ano de 2024, conforme apuração do portal Mais Goiás. A baixa cobertura vacinal também preocupa: apenas 39% da população goiana foi vacinada contra a gripe, índice considerado muito abaixo do ideal.
Para enfrentar esse cenário, Heloisa Costa reforça que os cuidados básicos de prevenção, comuns desde a pandemia de COVID-19, continuam sendo as melhores formas de proteção. A especialista lista oito atitudes práticas que podem ajudar quem vai viajar a evitar infecções e curtir as férias com saúde.
Abaixo oito dicas da especialista Heloísa Costa para evitar que a gripe e outras doenças respiratórias atrapalhem suas férias:
1. Máscara ainda é aliada
Se você faz parte de algum grupo de risco, como idosos, crianças, gestantes ou pessoas com doenças crônicas, o uso de máscara é altamente recomendado, principalmente em locais fechados. E se você estiver gripado, o uso é ainda mais importante para não contaminar os outros.
2. Mãos sempre limpas
Lavar as mãos com água e sabão ou usar álcool em gel 70% com frequência reduz significativamente o risco de infecções. Evite levar as mãos ao rosto, principalmente olhos, nariz e boca.
3. Soro fisiológico nas narinas
A hidratação nasal com soro fisiológico evita o ressecamento das mucosas e ajuda na limpeza local, o que é especialmente importante em voos longos e ambientes com ar-condicionado.
4. Hidrate-se (e evite exageros)
O ar seco das cabines de avião favorece a desidratação. A recomendação é beber bastante água e evitar o consumo excessivo de álcool ou cafeína durante a viagem.
5. Cuidado com superfícies
Tocar maçanetas, poltronas, apoios e outros objetos de uso comum aumenta o risco de contaminação. Evite o contato desnecessário e, se tocar, higienize as mãos logo em seguida. Levar o próprio travesseiro ou manta também é uma boa alternativa em viagens longas.
6. Imunidade em dia
Dormir bem e manter uma alimentação equilibrada nos dias que antecedem a viagem ajudam a fortalecer o sistema imunológico. A baixa imunidade favorece as infecções, lembra Heloisa.
7. Vacinação atualizada
Vacinas contra gripe, COVID-19, pneumonia, bronquiolite e coqueluche devem estar em dia conforme faixa etária e histórico clínico. Elas são uma das principais formas de prevenção e evitam complicações graves.
8. Controle de doenças crônicas
Quem tem alguma condição de saúde deve viajar com a doença controlada e com medicações em mãos, especialmente os pacientes com doenças respiratórias. Se usa medicação inalatória, leve na bagagem de mão e mantenha o tratamento em dia.