Condenado por matar a mãe em Goiânia é extraditado dos EUA

Os Estados Unidos extraditaram, na última semana de junho, o brasileiro Luiz Fernando Moreira de Assunção Oliveira, condenado pela Justiça goiana a 19 anos e 10 meses de reclusão por matar a própria mãe, em Goiânia, no ano de 2011. A informação é do próprio Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) ao Mais Goiás.

Segundo o TJGO, Luiz Fernando foi preso nos EUA por questões locais. Detido, as autoridades do país verificaram a existência do mandado de prisão pela condenação dele no Brasil e ele foi deportado.

O órgão explicou que a pena inicial era de 20 anos e 5 meses, foi reduzida a 17 anos e seis meses e, depois, com recurso do Ministério Público no Superior Tribunal de Justiça (STJ), se chegou ao número de 19 anos e 10 meses. Ao desembarcar no Brasil, o condenado foi levado ao presídio de Contagem, em Minas Gerais.

O Tribunal de Justiça, contudo, explicou que a 1ª Vara de Crimes Dolosos Contra a Vida, responsável pela condenação, atua para que ele seja enviada a Goiânia para cumprir pena no Estado. A sentença já transitou em julgado. Ou seja, não haverá outro julgamento.

“[Ele] Desembarcou do voo dos deportados em Belo Horizonte no dia 23 de junho e está preso no complexo penitenciário Nelson Hungria em Contagem (MG). A 1ª Vara de Crimes Dolosos Contra a Vida já expediu guia de execução e o processo vai passar a correr na vara de execução penal. Lá eles irão providenciar o recambiamento dele pra cumprir pena aqui em Goiânia”, diz nota ao portal.

Caso

Luiz Fernando assassinou a mãe, Beníguida Moreira de Assunção, em 4 de maio de 2011. O crime teria ocorrido por ela se recusar a passar para ele parte da residência onde moravam.

Na denúncia, o Ministério Público informou que ele tentou esganar a mãe com as mãos, mas também a espancou até morte. Após o crime, ele enrolou o corpo da vítima em um lençol e jogou no rio Meia Ponte após transportá-lo no porta-malas do carro.

Ela foi encontrada às margens do rio. Naquele momento, ele, que morava com a vítima, não fez registro de desaparecimento. Além disso, a irmã dele relatou que o condenado se tornou violento depois dos pais divorciarem. A então namorada de Luiz disse, inclusive, que, no velório, ele não demonstrou emoções, ficando apenas quieto.

A condenação definitiva dele ocorreu em 2021 – a primeira em 2018. O réu, contudo, fugiu e conseguiu entrar ilegalmente nos EUA, onde viveu até ser extraditado, em junho de 2023.