Não identificado

Corpo carbonizado é encontrado em cova rasa em Aparecida de Goiânia

Ainda não se sabe a identidade da vítima e nem as causas da morte. DIH investiga possível homicídio

Um corpo em avançado estado de decomposição e carbonizado foi encontrado na tarde de sábado (2), em uma chácara próxima à Serra da Areia, no Setor Independência Mansões, em Aparecida de Goiânia. Segundo a Guarda Civil Metropolitana (GCM), o cadáver foi descoberto por um chacareiro que fazia uma queimada controlada no terreno.

O trabalhador contou aos agentes que percebeu algo diferente entre o mato seco e, ao se aproximar, viu que se tratava de restos humanos com algumas partes expostas e outras parcialmente enterradas em uma cova rasa. Assustado, ele chamou a guarnição.

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Imagem de parte do corpo encontrado
Corpo carbonizado encontrado em cova rasa ainda não foi identificado (Foto: GCM)

Uma equipe da GCM foi ao local e confirmou a localização do corpo, em seguida, acionou a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Científica. Quando os bombeiros chegaram, o fogo já havia consumido a vegetação onde a vítima estava, não havia mais chamas ativas.

Os peritos não conseguiram identificar a vítima devido às condições em que o corpo foi encontrado. Além de estar muito deteriorado, parte do corpo já tinha se transformado em ossos e estava carbonizado. Uma análise preliminar indicou que possa se tratar de um homem, mas somente exames especializados poderão confirmar a identidade, a causa e o tempo da morte. O Instituto Médico Legal (IML) esteve no local para recolher os restos mortais.

A Delegacia de Homicídios da Polícia Civil (DIH), assumiu a investigação e trabalha, por enquanto, com a hipótese de homicídio, sem descartar outras possibilidades. Até o momento, não há informações sobre suspeitos ou sobre o que pode ter motivado o crime.

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Má reputação da Serra das Areias

Conhecido como local de desova, essa não é a primeira vez que corpos são encontrados na região. Em abril, um grupo de ciclistas encontrou uma ossada humana durante um passeio de trilha. Em um vídeo gravado na ocasião, um dos homens comentou: “Você sempre ouve boatos. Aí você descobre porque a Serra das Areias tem a fama tão ruim.”

Imagem feita pelos ciclistas
Ciclistas encontram ossada durante trilha na Serra das Areias (Foto: reprodução)

A cena impressionou os amigos, que entre pedras e arbustos, pedaços de uma calça jeans ainda vestia parte da ossada. Na época, a Polícia Militar de Goiás (PCGO), foi acionada e isolou a área para o trabalho da perícia. A Polícia Técnico-Científica realizou os primeiros levantamentos no local A ossada foi recolhida para exames detalhados. A identidade da vítima só poderá ser confirmada após a finalização do laudo.

Um inquérito foi aberto pela Polícia Civil para investigar o caso. As circunstâncias da morte e o tempo em que o corpo estava no local ainda são desconhecidos.

Chacina de 2013

Um dos episódios mais brutais aconteceu em 2013, quando quatro adolescentes foram sequestrados e assassinados. Neylor Henrique Gomes Carneiro, de 18 anos, Denis Pereira dos Santos, de 16, Daniele Gomes da Silva e Raissa de Souza Ferreira, ambas de 15, foram levados até a Serra das Areias. Três deles tiveram os corpos carbonizados no local.

Imagem dos quatro amigos
Neylor, 18 anos, Denis, 16, Daniele e Raissa, ambas com 15 anos, foram mortos a tiros na Serra das Areias (foto: reprodução)

Segundo os autos do processo, os adolescentes foram rendidos na casa de uma das vítimas e levados à força. Neylor, Raissa e Daniele foram mortos com tiros na cabeça, enquanto Denis foi executado em outro ponto mais afastado. A chacina ajudou a consolidar a fama negativa do local.

Sequestro, tortura e homicídio em 2017

Outro crime de repercussão ocorreu em 2017, envolvendo guardas municipais. Maciel Batista de Oliveira foi encontrado morto com um tiro na cabeça, após ter sido abordado por uma equipe da Romu. As investigações apontaram que ele teria sido extorquido antes de desaparecer.

Imagem das armas encontradas
Armas de fogo sobre cama em endereço de alvo da operação contra homicídio na Serra das Areias (Foto: divulgação/PC)

Segundo a apuração da época, um grupo de amigos tomava banho em um córrego quando viaturas chegaram à procura de pessoas com antecedentes criminais. Maciel, que tinha passagem por tráfico de drogas, teria sido pressionado a pagar R$ 10 mil para ser liberado. Ele alegou ter apenas R$ 2 mil. Seu corpo foi localizado no dia seguinte.

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