FALTA EQUIPE

Dez leitos de UTI Pediátrica do Hospital das Clínicas em Goiânia estão fechados desde maio

Empresa responsável disse, à época, que suspensão ocorreu "por temporária insuficiência de profissionais médicos"

Dez leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) Pediátrica do Hospital das Clínicas, em Goiânia, abertos em março deste ano, estão fechados desde maio. Apesar da abertura ter tido a participação da prefeitura de Goiânia, o município esclareceu ao Mais Goiás que a instituição é gerida pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e ligada à Universidade Federal de Goiás (UFG), cabendo apenas a regulação (encaminhamento de pacientes da rede ao hospital), não tendo autonomia para fechamentos ou aberturas.

“Desde que foi informada do fechamento da UTI Pediátrica, a pasta dialoga com a unidade hospitalar e acionou a Ebserh em Brasília em busca de soluções para a situação, uma vez que os processos seletivos realizados pela empresa para a contratação de profissionais para o HC não apresentaram os resultados esperados”, informou em nota. “A secretaria Municipal de Saúde (SMS) ressalta que desde a interrupção do fornecimento dos leitos supre as demandas por vagas de UTI Pediátrica por meio de prestadores privados e que, no momento, nenhuma criança aguarda por leito de UTI no complexo regulador municipal.”

A suspensão das internações, em maio, ocorreu “por temporária insuficiência de profissionais médicos”, conforme a Ebserh. A empresa, disse, ainda, que já tinha aberto processo seletivo simplificado, bem como concurso nacional em trâmites finais. A TV Anhanguera apurou que questões salariais teriam atrapalhado o funcionamento das UTIs. A unidade tem só cinco pediatras, mas precisaria de 11 para manter os dez leitos em funcionamento.

Ao veículo de comunicação, o secretário estadual de Saúde, Rasivel Santos, disse que o Estado quer assumir a gestão. “São fundamentais para nós, principalmente para casos de neurocirurgia”, afirmou. Ainda segundo ele, “é preciso ter uma reserva técnica, que chame todas as pessoas do concurso e que tenha uma alternativa, seja PJ ou celetista.”

Conforme apurado pelo Mais Goiás, tanto o Estado quanto o município podem atuar na articulação política, mas a gestão segue com a Ebserh.