Diretor de unidade prisional de Trindade é afastado após denúncias de agressão e tortura
Vídeos, fotos e áudios foram usados para sustentar denúncia

O diretor da unidade prisional de Trindade, Eduardo Ribeiro Martins, foi afastado do cargo após denúncias de agressão física, psicológica e maus-tratos contra os presos. O Ministério Público de Goiás (MP) formalizou a denúncia em conjunto com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
A juíza Vívian Martins assinou, nesta terça-feira (6), um documento em que seis presos afirmaram que já foram torturados e espancados por pelo menos três servidores do presídio. Um dos detentos revelou que entre as violências praticadas, têm um “castigo” onde eles são colocados sem roupa na “casinha do cachorro”.
O documento também diz que os servidores jogam água fria de 20 em 20 minutos neles, de 18h às 6h da manhã do dia seguinte. Segundo os detentos, os agentes cobram que eles aprendam a falar “preso” em cinco idiomas, enquanto jogam mais água. Os presos ainda relataram que são colocados por até cinco dias no Nuclinho como castigo, sem colchão e sem banho.
George Alexander Neri de Carvalho, presidente da OAB em Trindade, disse que foi informado pelos presos sobre as violências após visitar o presídio. O presidente usou vídeos, fotos e áudios para sustentar a denúncia.