DJ é preso em Trindade por liderar esquema de golpes via WhatsApp em Goiás e MG
Influenciador e DJ Carlos Oliver é apontado como líder de esquema que usava redes sociais para recrutar pessoas e aplicar golpes

Um DJ de 22 anos, que se apresentava nas redes sociais como influenciador digital DJ Carlos Oliver (blusa branca), foi preso na manhã de quarta-feira (22), em Trindade, suspeito de liderar uma quadrilha especializada em golpes de clonagem de WhatsApp. De acordo com as investigações, os golpes foram aplicados em vítimas de Goiás e Minas Gerais. Outras duas mulheres também foram presas durante a operação “Falsa Frequência”, deflagrada pelas Polícias Civis dos dois estados.
Conforme as apurações, o DJ usava suas redes sociais, onde acumula mais de 20 mil seguidores, para aliciar pessoas com a promessa de dinheiro fácil, pedindo que elas emprestassem suas contas bancárias para receber os valores desviados dos golpes. Além disso, ele também promovia rifas virtuais ilegais, oferecendo prêmios em dinheiro e bens de alto valor, o que é considerado contravenção penal por se enquadrar como jogo de azar.
A operação foi realizada nas cidades de Goiânia e Trindade, em Goiás, após uma denúncia registrada em 2022, em São Sebastião do Paraíso (MG). Na ocasião, uma mulher relatou ter transferido R$ 4 mil acreditando estar enviando o dinheiro à irmã, mas o valor caiu em uma conta ligada ao grupo.
Além do DJ, duas mulheres também foram presas durante a operação. Uma delas, de 28 anos, confessou que emprestava sua conta bancária para movimentar o dinheiro dos golpes em troca de 10% do valor recebido. A outra, de 26 anos, atuava na logística financeira do esquema, recolhendo e repassando os valores obtidos por meio dos crimes.
A operação cumpriu três mandados de prisão temporária, cinco de busca e apreensão, e bloqueou 21 contas bancárias ligadas aos suspeitos.
Lavagem de dinheiro
Segundo a polícia, o grupo movimentava o dinheiro por meio de contas bancárias variadas para esconder e disfarçar a origem dos valores, o que configura o crime de lavagem de dinheiro.
Durante o cumprimento dos mandados, celulares e documentos foram apreendidos e serão analisados pela perícia para rastrear o fluxo das transações e identificar outros possíveis envolvidos e vítimas.
Os presos foram encaminhados para unidades prisionais em Goiás, e as investigações continuam.
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