Dono de supermercado em Goiânia é preso por fraude em energia
Segundo a polícia, o medidor foi queimado com um maçarico

A Polícia Civil prendeu em flagrante, na terça-feira (30), o dono de um supermercado de grande porte no Parque Atheneu, em Goiânia, suspeito de cometer furto de energia elétrica. Segundo a investigação, o estabelecimento pagava cerca de R$ 3 mil na conta de luz, quando o valor real deveria ser aproximadamente R$ 22 mil. A fraude foi descoberta durante uma operação conjunta da Equatorial Goiás, Polícia Civil e Polícia Técnico-Científica.
No local, os peritos constataram que o medidor de energia havia sido intencionalmente queimado com um maçarico, o que impedia a medição correta do consumo. A estrutura do supermercado, que inclui câmaras frias, açougue e padaria, tem um alto consumo de energia, tornando a conta de R$ 3 mil incompatível com a realidade.
O delegado Humberto Teófilo, que coordenou a ação, explicou a gravidade do caso. “Era para ele pagar aproximadamente R$ 22 mil por mês e estava pagando R$ 3 mil porque queimou o medidor. A energia não estava sendo medida, configurando estelionato, conforme consta no artigo 171 do Código Penal”, afirmou.
O delegado destacou que o crime vai além do prejuízo à concessionária, caracterizando também concorrência desleal. “Enquanto vários supermercados estão pagando a energia e seguindo a vida certinho, o outro vem e não paga a energia de forma correta”, comentou Teófilo.
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A Equatorial Goiás destacou que esse tipo de fraude provoca sobrecarga na rede elétrica, o que pode resultar em curtos-circuitos, incêndios e choques, colocando vidas em risco.
Em 2025, as punições para crimes que afetam serviços essenciais, como o fornecimento de energia, ficaram mais severas com a sanção da Lei nº 15.181. As penas para furto qualificado de materiais desses serviços variam de 2 a 8 anos de reclusão, podendo chegar a 12 anos em casos de roubo.
Denúncias anônimas podem ser feitas pelo telefone 0800 062 0196.
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