‘É uma tortura’: júri do homem que matou ex-sogro em farmácia é cancelado
Policial aposentado João do Rosário Leão foi morto a tiros na farmácia da qual era dono, no setor Bueno, pelo ex-genro

Foi cancelado o júri que decidiria o futuro de Felipe Gabriel Jardim, o homem que matou a tiros o ex-sogro, João do Rosário Leão, em uma farmácia no setor Bueno em junho de 2022. Uma das quatro filhas de João, Kennia Yanka, de 29 anos, afirma que o sentimento da família é de frustração. Os parentes de João, todos com camisetas estampadas com pedidos de justiça, esperavam que hoje tivesse início último capítulo dessa história, que se arrasta no judiciário há tanto tempo. “É uma tortura. Estamos esperando por três anos e quaro meses por esse júri, preparando-nos psicologicamente e tendo de reviver tudo novamente”, disse ao Mais Goiás.
O júri foi cancelado porque uma jurada passou mal durante as discussões entre a defesa e a acusação. O advogado de Kennia disse que o incidente ocorreu mais especificamente no momento em que a defesa do acusado indagou Kennia sobre questões que não têm a ver com o processo, como se ela usava drogas ou se havia conhecido Felipe no motel.
Em razão do que ocorreu hoje, será preciso que o Judiciário faça um novo sorteio para compor um corpo de jurados totalmente novo. Não há data ainda para que isso aconteça.
O crime
João do Rosário, policial aposentado de 63 anos, foi assassinado na farmácia que pertencia a ele. O réu, Felipe, havia namorado com Kennia Yanka. Em 2022, umas das filhas de João contou à imprensa que, no fim de semana anterior à tragédia, o suspeito ameaçou matar todos eles depois de uma discussão.
Logo depois de cometer o crime, Felipe telefonou para Kennia para avisá-la do que havia feito. “Ele ligou para dizer que matou meu pai e ia atrás de mim”, contou ela na época. A vítima chegou a ser levada para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), mas teve o óbito confirmado por volta das 13h.