REAJUSTE

Em 3 meses, aumento dos combustíveis em Goiás alcança 50% das altas acumuladas em 2021

Três meses de aumentos consecutivos levaram os preços dos combustíveis a alcançarem cerca de 50%…

Três meses de aumentos consecutivos levaram os preços dos combustíveis a alcançarem cerca de 50% do reajuste total acumulado pelo setor em 2021. Combustível tiveram alta geral calculada entre 50% e 60% no ano passado. Entre dezembro e os dois primeiros meses de 2022, os combustíveis ficaram cerca de 25% mais caros. Informação é do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto-GO).

“No ano passado tivemos um aumento dos combustíveis na faixa de 50 a 60% durante todo o ano. Somente neste ano tivemos praticamente 25% de reajuste – em três meses estamos tendo quase metade do reajuste do ano passado. Isso tem prejudicado o consumidor, mas também nosso segmento no sentido de que as vendas ficam reprimidas e o empresário fica sem capital de giro”, afirmou o presidente do Sindiposto, Márcio Andrade, ao Mais Goiás.

Em um levantamento feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre os dias 27 de fevereiro e 5 de março, o preço máximo do litro da gasolina comum em Goiás foi de R$ 6,99. A pesquisa mostrou também que no período entre 6 e 12 de março, o litro do etanol hidratado saía a R$ 4,89.

Vale citar que, na quinta-feira (10), o preço da gasolina já passava dos R$ 7,20, em Goiânia. Desta vez, segundo Sindiposto, o reajuste foi feito pelas distribuidoras. A guerra na Ucrânia tem ligação com os novos preços, de acordo com a entidade. O aumento da Petrobras, contudo, deverá impactar ainda mais o preço nas bombas.

Márcio avalia que não é possível estimar um preço máximo da gasolina. “Os preços são livres, ou seja, cada empresário define o seu preço”, explicou.

Interior de Goiás registra gasolina com preço acima dos R$ 8

Se os preços altos impactam a capital, o resultado chegou ainda mais agravado em cidades do interior de Goiás. Iporá, por exemplo, registrou gasolina a R$ 8,65 na sexta-feira (11). Em um segundo posto da cidade, o combustível estava com o mesmo valor. Já em Posse, no Nordeste de Goiás, estabelecimento cobrava R$ 8,23 no litro da gasolina comum, também na sexta.

O presidente do Sindiposto esclarece o porquê dessa grande diferença. “Primeiro que os preços são livres; segundo, porque existem custos para cada cidade. Além de condições de mercado de cada região, existem locais onde se tem uma grande competitividade entre os postos e até o volume de vendas. É uma série de fatores que influencia, principalmente os custos e o mercado ser competitivo”.

Márcio avalia que no cenário atual existem duas expectativas. “Espera-se novos reajustes, até mesmo por informações de que com esse reajuste a Petrobras ainda não se equiparou ao preço internacional. Ao mesmo tempo, tem novas medidas sendo aprovadas no Congresso onde visa mudança na forma de cobrança do ICMS e também uma redução no PIS/Confins e isso pode impactar de forma a reduzir o preço”, conclui.