Em disputa por herança, homem ameaça mãe e irmão em Serranópolis
Disputa por herança quase termina em tragédia no interior de Goiás

A Polícia Civil de Serranópolis cumpriu, na tarde da última sexta-feira (22), mandado de busca e apreensão na casa de um homem de 49 anos investigado por ameaçar a própria mãe e um irmão em meio a uma disputa por herança.
Durante as diligências, os agentes encontraram e apreenderam um revólver calibre .357, devidamente registrado, além de 19 munições do mesmo calibre.
De acordo com a corporação, a medida cautelar, determinada pelo Poder Judiciário da comarca, teve como objetivo garantir a segurança e a tranquilidade das vítimas até a conclusão das investigações ou enquanto persistirem os riscos de novas ameaças.
Outro caso envolvendo herança
No dia 29 de maio desse ano, outro caso que envolveu disputa por herança atraiu atenções em Goiás. Um tribunal do júri instalado em Porangatu, na região Norte, condenou Welington Hipólito de Oliveira, de 51 anos, pelo assassinato do pai dele, Lázaro Hipólito de Oliveira, de 81 anos. Welington terá de cumprir 27 anos e seis meses de prisão, além de pagar R$ 150 mil de indenização por danos morais à família.
O juiz Vinícius de Castro Borges considerou o crime como homicídio triplamente qualificado, destacando a motivação (interesse financeiro), a crueldade (agressões físicas antes do disparo) e o emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima (desproporção física entre pai e filho). A decisão estabeleceu regime fechado inicial, sem direito a recorrer em liberdade.
Pai foi morto após discussão
O assassinato ocorreu em 7 de junho de 2024, após uma discussão entre pai e filho, que já mantinham uma relação conturbada devido a disputas por bens, principalmente uma fazenda em Porangatu. Conforme o Ministério Público, o crime aconteceu após uma série de conflitos entre Lázaro e seu filho, Welington, que já tinham uma relação conturbada. No dia do ocorrido, Lázaro viajou do Piauí até Porangatu para visitar sua ex-esposa, que estava doente.
Pela manhã, ele foi até a casa dela, mas não foi atendido e decidiu se dirigir a uma fazenda. Pouco depois, Welington chegou ao local e Lázaro resolveu deixar a propriedade e retornar à cidade.
Ao chegar, o idoso estacionou o carro próximo a um lago. Quando voltou, percebeu que o filho havia arrancado a antena do veículo e jogado gasolina nele. Mesmo assim, Lázaro seguiu para a casa da ex-esposa, mas permaneceu dentro do carro, deitado no banco, na esperança de vê-la. Foi então que Welington apareceu novamente e quebrou o para-brisa traseiro do automóvel.
Segundo a acusação, após uma nova discussão, Welington decidiu matar o pai: agrediu-o violentamente e, por fim, efetuou um disparo contra ele. A vítima foi atingida no abdômen, sofrendo uma hemorragia interna que a levou à morte. Antes de morrer, no entanto, Lázaro identificou o filho como autor do crime aos policiais.
O acusado já cumpria prisão preventiva e seguirá detido na Penitenciária de Porangatu. Procurado pela reportagem, o advogado de Wellington Hipólito, Jean Rodrigo Nunes Leal, afirmou que “respeita a decisão dos jurados, mas irá recorrer da pena aplicada”.
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