POLÊMICA

Entidades se posicionam contra venda do Hospital do Servidor em Goiás

A intenção do governo é transformar o Hospital do Servidor, em Goiânia, que havia sido convertido em HCamp, em Hospital da Criança

Sindicatos de servidores públicos de Goiás se posicionaram contra a venda do Hospital do Servidor para o Estado de Goiás, transação que já obteve aprovação na primeira votação na Assembleia Legislativa. A intenção do governo estadual é transformar a unidade hospitalar de Goiânia, que havia sido convertida em Hospital de Campanha (HCamp), em Hospital da Criança, deixando no Materno-Infantil atendimento exclusivo para mulheres e gestantes.

Representantes do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Goiás (SindiPúblico) estiveram na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), no final da última semana, para conversar com os parlamentares e tentar demovê-los da ideia de autorizar que o Ipasgo venda o Hospital do Servidor para a Secretaria Estadual de Saúde (SES). Porém, nesta segunda-feira, o projeto de lei que autoriza a transação foi aprovado em primeira votação no Plenário da Casa.

Segundo o SindiPúblico, o hospital “foi construído com recursos dos servidores estaduais pelo Ipasgo e representou a realização de uma antiga demanda do funcionalismo público goiano”. “A proposta de vender este patrimônio não foi discutida com os servidores, os verdadeiros proprietários”, alegou a entidade.

Para sindicatos, parlamentares ignoraram pedido dos servidores  sobre venda do Hospital do Servidor em Goiás

Assim como o SindiPúblico, o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (SindSaúde) declarou também ser contra a alienação do hospital, já que a unidade “foi construída com recursos dos contribuintes do Ipasgo”.

O sindicato informou ainda que entregou, juntamente com entidades que compõem o Fórum dos Servidores Públicos, “um documento aos deputados estaduais elencando todos os motivos pelos quais a matéria não deveria ser aprovada”. Porém, segundo a entidade, a maioria dos deputados “ignorou o pedido dos servidores”.

A reportagem do Mais Goiás entrou em contato com o Governo de Goiás sobre a questão e aguarda um retorno.